segunda-feira, 30 de abril de 2012

Dízimos, Malaquias 3.10 e a Teologia de um versículo só!


Dízimos, Malaquias 3.10 e a Teologia de um versículo só


Zé Luiz


Falar sobre dízimos? Lugar comum hoje em dia. Tema obrigatório em quase todos os cultos pela necessidade que os templos “emergentes” tem, para continuar em sua escalada de crescimento.

Hoje, é comum pensar que uma igreja sobrevive sem o Espírito Santo, mas sem a contribuição fiel de sua membresia local, a luz é cortada. Claro, não há nada de paradoxal na óbvia realidade: adia-se a necessidade de Deus em sua própria celebração para que o lugar onde - nem sempre – se celebra Sua presença perdure.

O versículo mais utilizado é Malaquias 3.10

Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes.

Israel era uma Teocracia. Teocracia é uma sociedade onde ações políticas, jurídicas e policiais são submetidas às normas de alguma religião. A sociedade judaica contemporânea deste profeta vivia este regime. O poder central do país estava em Jerusalém, e seu palácio de governo era o Templo erigido a Jeová, sendo os ministros desse governo os descendentes de Levi.

O profeta, no capítulo anterior, chama aos seus servos - os sacerdotes levíticos - a levarem o seu trabalho mais a sério, para depois, no capítulo seguinte, cobrar à outra parcela da população, os adoradores, o reconhecimento de que tudo que prospera naquela terra vem Dele, e não reconhecer isso é tratado por Ele como roubo.

Até aí, perfeito.

Mas a coisa perde o fundamento quando trazida para o cotidiano, como muitos procuram argumentar.

Há séculos, a ICAR, por exemplo, defende ser a única e santa madre igreja, onde as outras não passam de seitas hereges. Durante a História podemos perceber sangrentas batalhas para fazer valer essa ideia, com a justificativa que o santo nome do Senhor fosse mantido sem máculas.

Em 1500, com o surgimento das teses de Luthero em uma Alemanha cansada da exploração do Vaticano, não demorou para que essa nova igreja reformada ganhasse adeptos em toda a Europa. Antes disso, muitos foram queimados vivos nas fogueiras da Inquisição por tal tentativa. Fica mais claro que, tanto de um lado para o outro, existia grande prejuízo financeiro para um lado ou outro, e a desassociação de um país do controle eclesiástico romano seria manter recursos financeiros dentro do país.

Hoje, no Brasil, igrejas se multiplicam, em reuniões em nome da celebração ao Cristo. Todos defendem que o Reino é o principal intuito nesses recintos, até que se conheça uma dessas reuniões.

A questão é: Onde fica a casa do Tesouro hoje, já que não vivemos uma sociedade Teocrática, ou mesmo o sistema de impostos brasileiro já consome boa parte dos salários (o que sustenta todos esses políticos e gera tantos “benefícios” como saúde, educação, transporte...). Muitas vezes esses dízimos sustentam programas de rádio, TVs, grandes salões, as vezes mansões e carros importados, além promover a inserção de pessoas - cristãs ou não - na política.

A Casa do Tesouro ficava em Jerusalém, onde a sociedade tinha em seus sacerdotes a liderança política e intelectual do país (muitas vezes dominados por estrangeiros).

Não quero aqui afirmar que todos que defendem a literalidade e aplicabilidade deste versículo tentam se beneficiar financeiramente, reclamando para si mesmo – ou a denominação a qual está a frente – o local para onde esses recursos sacerdotais devem ser enviados, mas a abertura de tantas novas igrejas e denominações por pessoas sem a menor qualificação leva a tal questionamento.

Não se rouba a Deus, como defendem os teólogos do único versículo, já que o Templo em Israel já não existe mais, e que os recursos enviados não estão nas mãos de sacerdotes judeus de descendência levítica, e sim de homens e mulheres que reivindicaram para si este recurso por tradição do que já vem sendo feito, e acaba virando carreira profissional.

Aos defensores do versículo único, quero lembrar que o capítulo anterior deste mesmo versículo, o profeta pede para que seus sacerdotes (Paulo chama a TODOS os lavados e remidos de Sacerdócio Santo) honrem Seu nome, e se este líder defende tal versículo fora de contexto para que os recursos de sua igreja não venha a faltar, já falha nisso, antes que possa acusar qualquer um de roubar a Deus.




Zé Luís é blogueiro e colabora(?) sazonalmente para o Genizah, sabe Deus até quando...rsrs 


Fonte:
http://www.genizahvirtual.com/2012/04/dizimos-malaquias-310-e-teologia-de-um.html


Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

domingo, 29 de abril de 2012

Reteté Dance: Catimbó Gospel! Cuma?!


RETETÉ DANCE: PRAXE DE UMBANDA TOLERADA POR PENTECOSTAIS

Por Marco Finito
Apenas crianças eu pensei quando vi esse vídeo, mas pensei um pouco mais e percebo que espiritualmente a infância ainda não passou também para os adultos do reteté. O que é estranho é que tais manifestações não saem da esfera em que ela está propicia:
Creio ser uma temeridade pais permitirem que seus filhos se prestem a isso.
Penso que eles não se reconhecem como pais e educadores e nem reconhecem que andar no Espirito não é uma catarse ou mesmerismo.
Creio piamente na emoção que engana, na “vibe” de crer pelo ambiente e pelo momento, ou até mesmo pela própria fragilidade de emoções.
Estranheza que não me cala está na similaridade com as manifestações afro como a umbanda por exemplo. Praticas que são combatidas quando vem de centros de candomblé, mas não quando estão inseridas na igreja evangelica.
Entre o místico, a emoção, o mesmerismo e a catarse existem uma linha muito tênue, ainda mais quando o místico tem em seu motor a emoção ou a “vibe” do lugar.
***
Postado por Marco Finito, cristão sem crentices e supertições, no Púlpito Cristão
(*) Título original: Fogo Puro Remix
Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

sábado, 28 de abril de 2012

Jesus alertou sobre a teologia da prosperidade!



Vera Siqueira
Ontem reli a Parábola do Semeador, e fiquei pasma com o que Jesus disse há mais de dois mil anos e que está se tornando realidade nos dias de hoje. Antes, vamos rever essa passagem:
“Tendo Jesus saído de casa, naquele dia, estava assentado junto ao mar; e ajuntou-se muita gente ao pé dele, de sorte que, entrando num barco, se assentou; e toda a multidão estava em pé na praia. E falou-lhe de muitas coisas por parábolas, dizendo: Eis que o semeador saiu a semear. E, quando semeava, uma parte da semente caiu ao pé do caminho, e vieram as aves, e comeram-na; e outra parte caiu em pedregais, onde não havia terra bastante, e logo nasceu, porque não tinha terra funda; Mas, vindo o sol, queimou-se, e secou-se, porque não tinha raiz. E outra caiu entre espinhos, e os espinhos cresceram e sufocaram-na. E outra caiu em boa terra, e deu fruto: um a cem, outro a sessenta e outro a trinta. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
E, acercando-se dele os discípulos, disseram-lhe: Por que lhes falas por parábolas? Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado; porque àquele que tem, se dará, e terá em abundância; mas àquele que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado. Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem nem compreendem. E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis, E, vendo, vereis, mas não percebereis. Porque o coração deste povo está endurecido, E ouviram de mau grado com seus ouvidos, E fecharam seus olhos; Para que não vejam com os olhos, E ouçam com os ouvidos, E compreendam com o coração, E se convertam, E eu os cure.
Mas, bem-aventurados os vossos olhos, porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem. Porque em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes, e não o viram; e ouvir o que vós ouvis, e não o ouviram. Escutai vós, pois, a parábola do semeador.
Ouvindo alguém a palavra do reino, e não a entendendo, vem o maligno, e arrebata o que foi semeado no seu coração; este é o que foi semeado ao pé do caminho. O que foi semeado em pedregais é o que ouve a palavra, e logo a recebe com alegria; mas não tem raiz em si mesmo, antes é de pouca duração; e, chegada a angústia e a perseguição, por causa da palavra, logo se ofende; e o que foi semeado entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera; mas, o que foi semeado em boa terra é o que ouve e compreende a palavra; e dá fruto, e um produz cem, outro sessenta, e outro trinta.” – Mateus 13:1-23
Vejam bem: os cuidados deste mundo e a sedução das riquezas sufocam a Palavra, tornando-a infrutífera. Mas será que isso se refere também à Teologia da Prosperidade, e não apenas àqueles que trocam o Evangelho pelas benesses materiais?
Eu penso que sim. Ora, Jesus disse que a busca pelas riquezas torna a Palavra infrutífera, e o que vemos nas igrejas onde se prega a famigerada Teologia da Prosperidade?
  • Crentes totalmente carnais, infantis, que crêem cegamente em tudo o que seu mentor espiritual diz, pois uma das leis dessa diabólica teologia é que se deve obedecer sem titubear a todas as instruções do líder ungido, senão Deus não prospera. E isso significa dar trízimos, ofertas de R$ 900,00, tomar banho de óleo, comprar rosa ungida, participar de atos proféticos patéticos etc.
  • Crentes não transformados. A Palavra de Deus nos diz que em Cristo somos novas criaturas, porém o que vemos é mais do mesmo num Brasil onde os que se dizem cristãos evangélicos crescem exponencialmente. Há cidades onde os evangélicos são maioria, e há bairros e ruas repletos de igrejas (já cheguei a ver, anos atrás, três denominações diferentes bem vizinhas, grudadas umas nas outras, numa importante rua da zona leste de São Paulo). Porém, nos últimos dez anos diminuíram as taxas de violência? Houve diminuição na corrupção? O brasileiro está mais honesto? Infelizmente não, e isso se explica porque não estão ocorrendo conversões verdadeiras no mesmo ritmo em que pessoas estão atendendo ao apelo de muitas dessas igrejas da prosperidade. Quando vemos que, em recente pesquisa, descobriu-se que a maioria dos deputados da bancada evangélica têm pendências judiciais, fica claro que muitas igrejas não estão promovendo a conversão de almas para Cristo, mas apenas amontoando membros para demonstrar poder, uma falsa espiritualidade e aumento de sua arrecadação através dos dízimos e ofertas que esse público paga para ter acesso à carteirinha de membro da instituição.
  • Crentes “descrentes”. Como a ênfase da grotesca Teologia da Prosperidade não é a busca de Deus por quem Ele é, mas a conquista de vitórias e riquezas através da busca de “deus”, seus fiéis, como bons consumidores deste mundo “capetalista” (ouvi essa expressão do Pr. Maurício, da Igreja Batista Nacional da Vila Paulicéia), se sentem no direito de pesquisar o mercado eclesiástico gospel, até achar a igreja onde as promessas de “deus” cheguem de forma mais rápida e com menores custos. Assim, esse é um dos motivos da grande migração que há entre fiéis nas igrejas: estou na congregação X, mas aí fico sabendo que na Y tem um pastor milagreiro, então vou para lá. Mas o milagre demora para chegar, e vejo na TV a campanha das 70-sextas-feiras-13 da congregação W, que dizem que é tiro e queda, então vou para lá buscar minha bênção. Deixo de crer em Cristo, para crer no ministério onde eu consigo alcançar tudo aquilo que líderes inescrupulosos me ensinaram que é meu direito adquirido, por ter me associado ao mundo gospel. E minha descrença só tende a aumentar, já que a prosperidade real, nesse mundo “capetalista”, é coisa para poucos – em geral, para os próprios líderes desses ministérios.
Esses são alguns dos frutos da obtusa Teologia da Prosperidade. Alguém duvida de que se trata de uma teologia totalmente infrutífera, segundo os desígnios de Deus?
Os grandes artistas gospel (pregadores e “levitas”) que pregam essa monstruosa Teologia da Prosperidade deveriam realmente se converter a Deus (pois estão convertidos a Mamom e seus demônios) e ter mais amor e respeito pela Palavra, já que se dizem adoradores de Cristo. Que Deus lhes abra os olhos enquanto ainda há tempo, e que permita que muitos dos que estão sob seus enganos se voltem para a verdade do Evangelho.
Igreja brasileira, chega de jogar sementes nos espinheiros! A Palavra de Deus, quando pregada em verdade, produz os verdadeiros frutos do Espírito, que se refletem individualmente e na sociedade ao nosso redor.
“E, vendo ele [João Batista] muitos dos fariseus e dos saduceus, que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento; e não presumais, de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que, mesmo destas pedras, Deus pode suscitar filhos a Abraão. E também agora está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo.
E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo. Em sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará.” – Mateus 3:7-12
VOLTEMOS AO EVANGELHO PURO E SIMPLES,
O $HOW TEM QUE PARAR!

sexta-feira, 27 de abril de 2012

As raízes do neopentecostalismo brasileiro!


As raízes do neopentecostalismo brasileiro


por Johnny Bernardo

Em maio de 2010 surgia a mais nova denominação neopentecostal brasileira: a Igreja Mundial Renovada. Também conhecida como Igreja Renovada da Fé em Jesus Cristo, a IMR surgiu um mês após a saída do Bispo Roberto Damásio da Igreja Mundial do Poder de Deus. Membro da cúpula da IMPD (à época, terceiro no poder após o Bispo Josivaldo Batista), Roberto Damásio anunciou a sua saída no dia 20 de abril, sem revelar os reais motivos. No mês seguinte, a IMR estreia seu primeiro programa na NGT. Passados quase dois anos (completará no próximo mês, 29), a Igreja Mundial Renovada já possui diversas filiais pelo Brasil e chegou à África. Sua presença nos meios de comunicação continua ativa e em fase de crescimento, com participação nas tardes e madrugadas da Rede TV, além de diversos programas radiofônicos.

O rápido crescimento da IMR e de outras denominações neopentecostais se explica em parte pela ofensiva de sua liderança e pelo espírito mercantilista que caracteriza suas atividades. O poder da comunicação e a ênfase nas campanhas de cura e libertação são características comuns do Neopentecostalismo. Quando falamos de neopentecostalismo, estamos nos referindo aos grupos cuja origem remonta aos movimentos de confissão positiva dos EUA, através de líderes como Essek William Kenyon e Kenneth Hagin. No Brasil, apesar de estabelecida a década de 70 como o período em que começa a se desenvolver o que Paul Freston chama de “terceira onda pentecostal”, o neopentecostalismo surge a partir de um conjunto de elementos característicos da “segunda onda pentecostal”, como o uso da mídia audiovisual na difusão doutrinária, o liberalismo, o combate às religiões de possessão e as campanhas de prosperidade.

A Igreja do Evangelho Quadrangular e a Igreja Cristã de Nova Vida foram os celeiros de onde o atual movimento neopentecostal surgiu e se estruturou. Harold William e Raymond Boatrigtht, atores e missionários enviados ao Brasil pela Igreja Internacional do Evangelho Quadrangular, romperam com o tradicionalismo pentecostal brasileiro ao introduzir no país o pentecostalismo de costumes liberais. Começando por São João da Boa Vista (SP), em 1951, a IIEQ alcançou a capital do Estado em 1954, daí se espalhando por todo o país. À IIEQ se aliaram diversos lideres e membros das igrejas pentecostais e das igrejas históricas, atraídos pela mensagem de cura divina, propagadas a partir de São Paulo e tendo como ponto de apoio os programas radiofônicos.

Do Canadá, veio o Bispo Walter Robert MacAlister, que, a convite da IIEQ, pregou no Rio de Janeiro e em outros estados do Brasil, atraindo um grande número de seguidores. Depois de passar pelas Filipinas, Taiwan, Hong Kong e Paris, MacAlister decidiu se estabelecer no Brasil, morando primeiro em São Paulo e depois no Rio de Janeiro. Era o ano de 1959 quando MacAlister, sua esposa e filhos decidem se mudar para o Brasil. Dos filhos do casal (eles tiveram dois), Walter Robert MacAlister Jr. sucederia o pai na direção da Igreja Cristã de Nova Vida, algumas décadas depois. Estabelecido no bairro do Bonsucesso, em 1964, o primeiro templo da ICNV serviu de base para a inauguração, em 1971, do templo sede em Botafogo. A existência da ICNV está associada às campanhas de cura e libertação, promovidas pelo Bispo MacAlister, primeiro na Rádio Copacabana, em 1960, e depois com o programa Coisas da Vida, na extinta TV Tupi, a partir de 1978. No começo da década de 80, MacAlister abdica da pregação televisiva ao afirmar que a “televisão cria monstros” - talvez em referência ao Bispo Edir Macedo, que, à época, dava seus primeiros passos na telinha, em um programa intitulado “O Despertar da Fé”, também veiculado pela TV Tupi, canal 6.

O pai do neopentecostalismo brasileiro 

Natural do Rio de Janeiro, Edir Macedo abandonou o curso universitário sem o concluir. Dizia ser uma pessoa deprimida. Procurou alívio no Catolicismo, não encontrando. Fez-se então adepto do espiritismo, sofrendo nova decepção. Depois de algum tempo se converteu ao pentecostalismo, ingressando na Igreja Cristã de Nova Vida. Da convivência com os irmãos, conhece seu futuro genro e parceiro de ministério, Romildo Soares – mais tarde Missionário R.R. Soares. Era 1968. Quatro anos depois deixam, juntamente com Roberto Augusto Alves e os irmãos Samuel e Fidelis Coutinho, a ICNV, quando, no mesmo ano, fundam a Igreja Cruzada do Caminho Eterno. Em 1977, após a saída dos irmãos Coutinho da ICCE, Edir Macedo, Romildo Soares e Roberto Augusto mudam o nome da denominação para Igreja Universal do Reino de Deus, começando na Abolição (zona norte do Rio de Janeiro) - Roberto Alves, que sagrou Edir Macedo como Pastor e recebeu deste também a unção, regressou à ICNV. Descontente com a prepotência e o espírito mercantilista de Edir Macedo, Romildo Soares deixa também a IURD para fundar, em 1980, a Igreja Internacional da Graça de Deus. 

Único no poder, Edir Macedo coloca em prática parte de sua experiência e aprendizagem na Igreja Cristã de Nova Vida e associa a está o liberalismo da Quadrangular, criando em pouco tempo um império que, três anos depois, alcança os EUA, ao fundar a primeira IURD em Monte Vermont, Nova York. Nove anos depois chega a Portugal, e em 1996 funda a primeira IURD no Japão. Segundo Campos, o sucesso da Igreja Universal pode ser medido ainda pelo número de templos abertos até 1995: 2.014 no Brasil e 236 em 65 países, nos quais são atendidos cerca de quatro milhões de pessoas, que participam dos “cultos”, “correntes de fé” e “campanhas de fé”. (Lusotopie, 1999, p. 355)

Embora discordante de alguns pontos defendidos por MacAlister, Edir Macedo se apropria de parte de sua mensagem, que envolvia cura divina e prosperidade por meio da fé. Deu prosseguimento, também, ao trabalho nos meios de comunicação, elegendo a televisão como seu cavalo de Tróia. Até então explorada por pentecostais, como a Assembleia de Deus, e igrejas históricas, como a Batista e a Presbiteriana, a televisão passa a ser palco, nos anos seguintes, do trabalho de convencimento e propaganda da Igreja Universal e da Igreja Internacional da Graça de Deus e, futuramente, da Igreja Mundial do Poder de Deus. As pentecostais e históricas ocupariam uma pequena parcela de horários, com exceção do programa “Vitória em Cristo”, antes sem denominação oficial, mas a partir de 2010 ancorada na Assembleia de Deus Vitória em Cristo, sendo Silas Malafaia o presidente.

Da IURD à Mundial Renovada 

Da Igreja Universal do Reino de Deus surgiriam inúmeras outras igrejas neopentecostais, com exceção da Renascer em Cristo (de origem pentecostal – seus fundadores eram membros da Igreja Pentecostal da Bíblia, Jabaquara, SP), da Igreja Evangélica Cristo Vive (fundada pelo ex-pastor da Igreja Cristã de Nova Vida, o angolano Miguel Ângelo) e de grupos minoritários, como a Bola de Neve (fundada pelo Apóstolo Rina, ex-pastor da Renascer em Cristo) e Sara Nossa Terra (fundada pelos bispos Robson e Maria Rodovalho, de origem presbiteriana).

Da Igreja Universal surgiria, ainda no fim da década de 70, uma dissidência organizada pelos irmãos Coutinho. As duas maiores dissidências da IURD, entretanto, surgiriam nas décadas seguintes: a Igreja Internacional da Graça de Deus (1980) e a Igreja Mundial do Poder de Deus, do Apóstolo Valdomiro Santiago (1998). Da IIGD não se conhece nenhuma dissidência, mas da IMPD surgiriam, entre 2010 e 2011, quatro igrejas: a Igreja Mundial Renovada (05/2010), Igreja Missionária do Amor (08/2010), o Templo Mundial Resgate da Fé (09/2010) e a Igreja Evangélica Celeiro de Deus (10/2011). Das igrejas dissidentes, três foram fundadas por aliados de Valdomiro Santiago: Givanildo de Souza (segundo na cúpula da IMPD e fundador da IMA), Roberto Damásio (terceiro na ordem e fundador da IMR) e Sebastian de Almeida (homem de confiança da IMPD e fundador do TMRF). Do quadro original de dirigentes e apresentados em matéria publicada pela revista Época, apenas Francileia de Oliveira (esposa de Valdomiro Santiago) e Ronaldo Didini (ex-homem de confiança de Edir Macedo, e consultor de mídia da IMPD) permanecem ao lado do fundador. Para às igrejas dissidentes também seguiriam, em grande número, outros bispos da IMPD. Outros líderes e igrejas dissidentes surgirão nos próximos dias. Aguarde!



Johnny Bernardo é jornalista, pesquisador da 

religiosidade brasileira e colaborador do Genizah 


Fonte:
http://www.genizahvirtual.com/2012/04/as-raizes-do-neopentecostalismo.html


Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Pague e Pegue! Análise sobre o Dízimo!


Pague e Peque! Uma Análise sobre a Questão do Dízimo.



Carlos Moreira

“De fato, é grande fonte de lucro a piedade com o contentamento”. 1ª. Tm. 6:6

A frase de Paulo foi dita ao seu filho Timóteo num contexto de orientação pastoral sobre diversos preceitos que eram necessários ser observados na igreja. O contexto subjacente, todavia, tratava de pessoas que não se conformavam a sã doutrina e faziam alquimia com a mensagem tendo em vista o enriquecimento ilícito.

Que a religião sempre foi fonte de lucro para os perversos, todos nós já sabemos. No caso da religião dos hebreus não era diferente. Por isso Jesus teve aquela reação tão radical quanto ao comércio que era feito no entorno do templo. Na verdade, Ele acabou sendo a “pedra” que “caiu” dentro da “engrenagem” e, como consequência, acabou por desmantelar todo o “sistema”.

Quando a igreja começou a se organizar, a partir de Jerusalém, nos deparamos imediatamente com um episódio que nos oferece algumas informações sobre a questão de como o dinheiro era tratado entre os “do Caminho”. O texto que nos trás esta narrativa está no capítulo 5 de Atos, e registra o episódio da morte de Ananias e Safira.

Pois bem, este casal, de comum acordo, vendeu uma propriedade por certo dinheiro, mas, na hora de trazer a oferta aos “pés dos apóstolos”, subtraiu parte do valor “devido”. Por conta disso e, na minha análise, com intenções “pedagógicas”, Deus permitiu que ambos caíssem mortos diante de toda a comunidade.

Há três questões relevantes nesta passagem que podem nos trazer discernimento e luz suficiente para tratarmos deste ponto tão controverso da fé cristã que é a questão do dízimo.

Em primeiro lugar, a morte sumária de Ananias e Safira demonstrava claramente que Deus não iria mais permitir que se trouxesse diante dEle qualquer que fosse a oferta sem que houvesse como contrapartida a consciência necessária para tal.

Diferentemente da “religião do templo”, que tinha por costume receber “sacrifícios” sem questionar sua razão ou procedência, agora estava posto um novo paradigma, e ele apontava para o fato de que o Senhor não iria mais admitir que a Ele se trouxesse qualquer que fosse a oferta se esta não fosse acompanhada por uma consciência reverente e um coração devotado.

Em segundo lugar, no verso 3, vemos Pedro questionando severamente Ananias pelo fato dele ter mentido ao Espírito Santo. Logo em seguida, sem qualquer explicação, o homem espirou e caiu morto.

O que ficou patente, então, era que atitudes performáticas, como a dos fariseus, que davam quantias vultosas para se exibirem publicamente e ficarem quites com a “Fazenda Celestial”, não tinham mais qualquer desdobramento ou significado, pois, só na luz e na verdade se poderia caminhar no Caminho. Assim, todo disfarce acabava por se constituir estelionato do ser, dessignificava as razões e intenções do coração e tornava inaceitável tudo o que se desejasse trazer perante Deus.

Em terceiro lugar, no verso 4, Pedro nos coloca diante de duas intrigantes questões. Ele faz duas asseverações bastante relevantes e que dão margem a fazermos algumas conjecturas. São elas: (1) “A propriedade não lhe pertencia?”. E (2) “Depois de vendida, o dinheiro não estava em seu poder?”. Ora, o que Pedro está afirmando são duas coisas importantíssimas, a saber:

(1) Que Deus não requer de ninguém que nenhum tipo de oferta lhe seja trazido a não ser que haja motivação no coração para fazê-lo. Os bens que possuímos são nossos por dádiva Sua e assim deve permanecer salvo o caso de haver em nós, de forma livre e espontânea, generosa e apaixonada, consciente e racional, a motivação de vendê-los e ofertá-los. Ninguém, sobre nenhum pretexto, pode ser constrangido a desfazer-se de seus bens sem que deseje fazê-lo, tendo como pretexto e subterfúgio a falsa justificativa de que “deus” está requerendo aquilo que é “seu” para a obra do “reino”.

(2) Que o fruto de toda receita que obtivermos, seja pela venda de um bem e, por analogia, pelo trabalho, pelo recebimento de uma herança, ou seja pelo que for, é nosso, e assim deve continuar salvo haja em nós uma motivação de ofertar parte dela ou mesmo o todo a Deus. O que Pedro afirmou a Ananias foi que, uma vez vendida à propriedade, 100% do valor era seu, e não 90%, descontado o dízimo, ou outro percentual qualquer. O que ficou posto, portanto, foi que a partir de então, toda contabilidade que fazemos com o Eterno é uma questão meramente humana, e não um requerimento Divino.

Quando olho para as práticas vigentes em nossos dias, para o espólio dos incautos através da venda de “milagres”, do tráfico de influência, da venda de objetos supostamente imantados, das barganhas feitas com o “sagrado”, das manipulações calcadas em frases de efeito, dos cálculos que garantem o retorno sobre o “investimento”, fico imaginando o que pensa o Todo-Poderoso a respeito disso...

O que temos aí é, na verdade, doutrinas de demônios! É o “pague e peque”, o “dá ou desce”, o “dê que cresce” e o “você merece”. Eu confesso que temo e tremo só de imaginar como o Pai tratará aqueles que estão profanando o Sangue do Cordeiro. Sim, é isto que estão de fato fazendo, uma vez que reeditam a necessidade de se fazer novamente sacrifício em prol de se alcançar todo tipo de benesse e, de quebra, até a salvação.

E mais... Peca quem faz da igreja seu cabide ministerial, sua realização pessoal, quem retira financeiramente dela aquilo que ela não suporta, quem compromete quase que integralmente todas as receitas para viabilizar o salário de obreiro(s) e pastor(es). Eu sou pastor, servo da igreja, portanto, tenho autoridade para pregar o que prego!

De minha parte, continuarei a asseverar aquilo em que creio, conforme vejo em vários textos do Novo Testamento, sobretudo em Paulo, que dá quem quer, quanto quer, como bem entender. Oferta é uma questão de consciência, de zelo, de compromisso, de paixão. Quem não está provido destes pensamentos e sentimentos não deve dar nada a Deus, pois, assim fazendo, torna sua oferta abominação ao Senhor!

Portanto, quem quiser pregar sobre o dízimo que assim o faça, com boa consciência e fé, deixando as pessoas livres para fazê-lo com alegria, como recomenda Paulo aos Romanos. Ensine que a prática não se constitui  "Lei do Tesouro", nem assuste o povo com textos fora de contexto, como no caso de Malaquias 3, totalmente inaplicável para a igreja, nem tão pouco estabeleça metas e percentuais a serem alcançados, pois igreja não é empresa! 

Por fim, se cremos que Jesus é o Cabeça da igreja, então, Ele que se responsabilize por provê-la. Se, ela, por algum motivo, vier a se inviabilizar por questões financeiras, melhor mesmo é fechá-la, pois, se o Dono não a deseja, porque nós deveríamos insistir em mantê-la? 
 



Achou pouco? Então durma com um barulho desse... 





Carlos Moreira é coeditor do Genizah. 


Fonte:
http://www.genizahvirtual.com/2012/04/pague-e-peque-uma-analise-sobre-questao.html


Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

quarta-feira, 25 de abril de 2012

A igreja dos bodes do movimento hedonista! Cuma?!




Estamos vivenciando nos dias atuais uma onda de igrejas e movimentos que surgem, não se sabe de onde, com doutrinas das mais absurdas, e o que tem de seguidores é algo fora do normal. Igrejas que pregam prosperidade a qualquer custo. Igrejas envolvidas com G12. Igrejas que buscam unção disso unção daquilo. Igrejas judaizantes que tem arca e costuram o véu que Jesus já rasgou. Igrejas que só pregam milagres e mais milagres. Líderes com títulos dos mais diversos; apóstolo, paipóstolo, bispo, arcebispo, reverendo, eu ainda não vi vice-deus, mas daqui a pouco aparece, é só esperar. Como disse Charles H. Spurgeon: “Nós somos assaltados por todo tipo de doutrinas novas. A velha fé é atacada por assim-chamados “reformadores” que adorariam reformá-la completamente. Eu espero ouvir notícias de alguma doutrina nova uma vez por semana. Tão freqüentemente como a lua muda, um ou outro profeta é movido a propor alguma nova teoria, e acreditem, ele lutará mais bravamente por sua novidade do que jamais fez pelo Evangelho. O descobridor se acha um Lutero moderno, e da sua doutrina ele pensa como Davi pensou da espada de Golias: “Não há outra semelhante.”
Isso foi dito no séc. 19, de lá para cá nada mudou, pelo contrário, só vemos surgir novas igrejas com novas doutrinas, com seus líderes dizendo serem os donos da verdade.
Quero deixar bem claro que não creio que todas as igrejas sejam corruptas e que os cristãos devam viver enfurnados em suas casas. Acredito que devemos nos reunir regularmente com os outros cristãos, participando de um uma igreja fundamentada na Bíblia e que reverencie a Deus. O fato é que as igrejas fundamentadas na Bíblia e onde há reverência ao nome de Deus estão se tornando cada vez mais raras nestes últimos dias. Conseqüentemente, está ficando cada vez mais difícil para uma família encontrar uma igreja que reverencie a Deus, onde todos possam amadurecer e crescer em Cristo.
Diante desse quadro atual eu denominei essas igrejas que estão na contramão da Palavra de: “Igreja dos Bodes do Movimento Hedonista”.
Por que Igreja dos Bodes?
Porque é uma igreja onde não tem ovelhas. O que vemos nessas igrejas são bodes dando marradas, pois não se sujeitam a doutrina bíblica. Pessoas pensando que podem dar ordem a Deus e que Ele é seu escravo particular. Pessoas mais preocupadas em aparecer do que ser. Pessoas que seguem cegamente seu líder, mas não segue a Jesus nem seus ensinamentos.
Qual a diferença entre ovelhas e bodes? As ovelhas são dóceis, mansas, humildes e obedientes, já os bodes são rudes, agressivos, gostam de dar cabeçadas naqueles que a cuidam. É bom lembrar que os bodes não são ateus que repudiam a existência do Deus eterno. Pelo contrário, são aqueles que, tendo “uma forma de piedade, negam, entretanto, o poder dela”, são pessoas que estão sempre aprendendo e “nunca são capazes de chegar ao conhecimento da verdade” (2 Tm 3.5-7).
Uma coisa que podemos afirmar é que muitos seguidores dessas igrejas ou movimentos não são salvas. Elas participam da igreja apenas para ouvirem palavras agradáveis, por razões sociais, ou para fazer contatos nos negócios. Esse tipo de pessoa merece um lobo transigente como pastor.
Mas existe algum culpado por essas pessoas agirem assim? Sim. São os seus líderes que na verdade não passam de mercenários. Como disse Jesus: “Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas, por dentro são lobos roubadores” (Mt 7.15). Não são pastores no sentido da Palavra, são líderes que só se preocupam com o seu umbigo. Como disse Judas em sua carta: “…pastores que a si mesmos se apascentam; nuvens sem água impelidas pelo vento; árvores em plena estação dos frutos, destes desprovidas, duplamente mortas, desarraigadas… (Jd 12).
Esses falsos líderes que tem vários títulos são na verdade, o que podemos chamar de Pastores Réprobos. É a pior variedade possível; esses homens estão na parte inferior do amontoado de estrume (desculpe a colocação). Entregam-se ao mal e à falsa doutrina. Envolvem-se em relacionamentos com as mulheres da igreja (muitos trocam de esposas como se troca de camisa), e ensinam ou pregam falsas doutrinas. Os pastores réprobos também rejeitam a sã doutrina. Muitos não crêem na doutrina da Trindade, na salvação pela fé e sem a necessidade de obras, na inspiração das Escrituras, no nascimento virginal de Jesus Cristo, e em outros fundamentos da fé cristã. Também não vêem nada de errado com o homossexualismo e alguns na verdade até oficiam casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Esses pastores dão muita importância aos direitos humanos e às coisas mundanas, mas são muito levianos com a Bíblia.
E por que Movimento Hedonista?
Porque é o tipo de igreja do movimento, da moda, da atualidade. A “Igreja do Gosto do Freguês”. Onde o que vale é o que da certo e não o que é certo. O importante é o movimento. É igual aquela história de um homem que tinha um pequeno comércio, e para atrair os fregueses ele resolveu inovar. Ele comprava frango a um preço e o revendia mais barato. Um dia ele foi questionado e lhe falaram que ele estava levando prejuízo, no entanto ele respondeu: “E o movimento? Vocês já perceberam como cresceu o movimento?” Há líderes assim, que preferem o prejuízo espiritual “dos seus fregueses” em favor do movimento.
E o que é Hedonismo?
É a tendência a buscar o prazer imediato, individual, como única e possível forma de vida moral, evitando tudo o que possa ser desagradável. Hedonismo vem do grego hedoné, que significa prazer. Doutrina que considera que o prazer individual e imediato é o único bem possível, princípio e fim da vida moral.
O que temos visto hoje em várias igrejas e ministérios é exatamente isso, um evangelho disfarçado, sem vida com Deus, mas uma busca por diversão e prazer. A igreja não é um lugar para se adorar a Deus, mas um lugar para se sentir bem. Não é um lugar onde se confronta o pecado, mas um lugar onde se alisa o ego dos presentes. Um lugar onde há um grande número de adeptos, mas não de pessoas salvas, pois a palavra de salvação não é pregada, onde a psicologia está no púlpito não o Evangelho de Jesus Cristo.
Que o Senhor nos ajude a preservarmos a verdade sem nos deixar levar por essa patologia que tem assolado muitas igrejas em nosso país e no mundo. Que possamos dar ouvidos ao conselho do apóstolo Paulo a Timóteo:
Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas. Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério (2Tm 4.1-5).
Esse conselho é para você e para mim. Vamos ouvir o que o Senhor está nos falando aqui.
Que Deus nos ajude.
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Fonte: Napec
Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

terça-feira, 24 de abril de 2012

Precisamos de homens de DEUS!


Precisamos de homens de Deus


Arthur W. Pink

A igreja, neste momento, precisa de homens, o tipo certo de homens, homens ousados. Afirma-se que necessitamos de avivamento e de um novo movimento do Espírito; Deus, sabe que precisamos de ambas as coisas. Entretanto, Ele não haverá de avivar ratinhos. Não encherá coelhos com seu Espírito Santo. A igreja suspira por homens que se consideram sacrificáveis na batalha da alma, homens que não podem ser amedrontados pelas ameaças de morte, porque já morreram para as seduções deste mundo. Tais homens estarão livres das compulsões que controlam os homens mais fracos. Não serão forçados a fazer as coisas pelo constrangimento das circunstâncias; sua única compulsão virá do íntimo e do alto.

Esse tipo de liberdade é necessária, se queremos ter novamente, em nossos púlpitos, pregadores cheios de poder, ao invés de mascotes. Esses homens livres servirão a Deus e à humanidade através de motivações elevadas demais, para serem compreendidas pelo grande número de religiosos que hoje entram e saem do santuário. Esse homens jamais tomarão decisões motivados pelo medo, não seguirão nenhum caminho impulsionados pelo desejo de agradar, não ministrarão por causa de condições financeiras, jamais realizarão qualquer ato religioso por simples costume; nem permitirão a si mesmos serem influenciados pelo amor à publicidade ou pelo desejo por boa reputação. Muito do que a igreja faz em nossos dias, ela o faz porque tem medo de não fazê-lo. Associações de pastores atiram-se em projetos motivados apenas pelo temor de não se envolverem em tais projetos. Sempre que o seu reconhecimento motivado pelo medo (do tipo que observa o que os outros dizem e fazem) os conduz a crer no que o mundo espera que eles façam, eles o farão na próxima segunda-feira pela manhã, com toda a espécie de zelo ostentoso e demonstração de piedade. A influência constrangedora da opinião pública é quem chama esses profetas, não a voz de Jeová.

A verdadeira igreja jamais sondou as expectativas públicas, antes de se atirar em suas iniciativas. Seus líderes ouviram da parte de Deus e avançaram totalmente independentes do apoio popular ou da falta deste apoio. Eles sabiam que era vontade de Deus e o fizeram, e o povo os seguiu (às vezes em triunfo, porém mais freqüentemente com insultos e perseguição pública); e a recompensa de tais líderes foi a satisfação de estarem certos em um mundo errado. Outra característica do verdadeiro homem de Deus tem sido o amor. O homem livre, que aprendeu a ouvir a voz de Deus e ousou obedecê-la, sentiu o mesmo fardo moral que partiu os corações dos profetas do Antigo Testamento, esmagou a alma de nosso Senhor Jesus Cristo e arrancou abundantes lágrimas dos apóstolos.

O homem livre jamais foi um tirano religioso, nem procurou exercer senhorio sobre a herança pertencente a Deus. O medo e a falta de segurança pessoal têm levado os homens a esmagarem os seus semelhantes debaixo de seus pés. Esse tipo de homem tinha algum interesse a proteger, alguma posição a assegurar; portanto, exigiu submissão de seus seguidores como garantia de sua própria segurança. Mas o homem livre, jamais; ele nada tem a proteger, nenhuma ambição a perseguir, nenhum inimigo a temer. Por esse motivo, ele é alguém completamente descuidado a respeito de seu prestígio entre os homens. Se o seguirem, muito bem; caso não o sigam, ele nada perde que seja querido ao seu coração; mas, quer ele seja aceito, quer seja rejeitado, continuará amando seu povo com sincera devoção. E somente a morte pode silenciar sua terna intercessão por eles.

Sim, se o cristianismo evangélico tem de permanecer vivo, precisa novamente de homens, o tipo certo de homens. Deverá repudiar os fracotes que não ousam falar o que precisa ser externado; precisa buscar, em oração e muita humildade, o surgimento de homens feitos da mesma qualidade dos profetas e dos antigos mártires. Deus ouvirá os clamores de seu povo, assim como Ele ouviu os clamores de Israel no Egito. Haverá de enviar libertação, ao enviar libertadores. É assim que Ele age entre os homens. E, quando vierem os libertadores... serão homens de Deus, homens de coragem. Terão Deus ao seu lado, porque serão cuidadosos em permanecer ao lado dEle; serão cooperadores com Cristo e instrumentos nas mãos do Espírito Santo...








Fonte:
http://www.genizahvirtual.com/2012/04/precisamos-de-homens-de-deus.html


Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

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