quinta-feira, 26 de setembro de 2013

DOENTES, FERIDOS, PORÉM MAIS QUE VENCEDORES!

DOENTES, FERIDOS, PORÉM MAIS QUE VENCEDORES
mais q vencedorPor Antognoni Misael
A marca mais relevante na vida de um cristão deve ser o amor. Dentre tantas convicções religiosas ou filosóficas não há nada mais encantador do que a capacidade de amar. No entanto, nós cristãos temos desaprendido o valor e o significado do amor e as suas contingências. Isto por que o verdadeiro amor está “linkado” ao exercício do perdão. Se não perdoamos, é porque não soubemos amar, nem tampouco temos compreendido com clareza esse amor perfeito demonstrado na cruz por nós.
Falamos de graça de Deus e dificilmente nos tratamos como miseráveis pecadores. Elencamo-nos como servos de Deus, mas odiamos quando alguém nos trata com sinais de subserviência. Dizemos que um dia fomos filhos da ira, mas nos iramos com um pobre ímpio desprovido do novo nascimento por não compreender a nossa fé e até com os irmãos que dizemos também amar.
Falamos que somos os ‘piores dos pecadores’, mas não admitimos sequer os pecados morais e de conduta confessados pelo nosso próximo, nem tampouco temos a coragem de revelar os nossos espinhos na carne– então eis a situação em que a ferocidade do nosso “lado animal”, quando em ensejos perniciosos nos vestimos com a “capa de justiceiros” e apedrejamos os que por “azar religioso” têm seus erros expostos na “praça de nossa comunidade institucional”, sejam eles efeminados, adúlteros, destemperados, mentirosos, caluniadores, fornicadores, vaidosos, avarentos, orgulhosos … Algo muito parecido conosco não é?
Se tudo que mencionei acima não ocorre de fato, perdoem-me, devo ter me embriagado com o vício do autoexame, ou o vinho pegou…
Mas tristemente começo a vislumbrar algumas “moscas” que se alimentam de nossas feridas existenciais e sobrevoam por fora de nossas vestes. Elas pousam por cima de nossas capas denominacionais, pois sabem que por baixo há feridas. Ah, quantas feridas vejo…
Então começo a notar que nem de perto estamos vivendo a Graça, pois em muitos casos, ainda agimos como escravos de nossa religiosidade. Note, até teologizamos bem, mas Graça falada e não vivida é Graça morta!
Tristemente não nos vemos como ‘iguais’ diante de Deus e insistimos em estabelecer hierarquias espirituais; não nos tratamos como miseráveis pecadores e a cada dia que passa, tornamos a compaixão extinta no meio de nós. Do contrário, ainda recriamos nossos próprios altares; elegemos nossos “santos” líderes, realizamos as nossas “romarias de cura”, “bênçãos” e “prosperidade”, ou, sendo menos herético ( talvez), vestimos a roupa de Calvino antes de vivermos Jesus. Mesquinhamente agimos com partidarismo, orgulho, egoísmo…
Enquanto isso, damos brados de vitória ante a nossa melancólica demonstração de vida com Deus, ao mesmo tempo em que exaltamos os nossos famosos pregadores ou artistas (inclusive gospel) , como se nestes todas as nossas imprudências fossem sanadas na utópica sensação de sermos representados por eles; todavia, o que mais me dói, é que ignoramos os que dão suas vidas nos campos missionários mais hostis que se possa imaginar. Estes sim, deveriam ser mais de perto os nossos referenciais de vida cristã prática e piedosa.
Então, paradoxalmente vejo os nossos templos lotados com centenas de pessoas atraídas por métodos carnais, edificações caríssimas repletas de carros de luxo congestionando o estacionamento, irmãos e irmãs ostentando suas roupas de marca e cabelos industrializados, grupos de música e dança fazendo seus show’s de pirotecnia humanista e pregadores oferecendo Deus como uma mercadoria. E nós… no meio desta engrenagem, como que surtando por não saber onde resetar este projeto chamado “igreja”.
Reconheçamos, estamos doentes.
Dos neopentecostais aos reformados; dos contempladores aos mais agitados, dos calvinistas aos arminianos, estamos doentes…
Doentes estamos e assim continuaremos porque não conversamos abertamente sobre nossas feridas… Disputamos a olimpíada teológica de quem tem a melhor sistemática, hermenêutica ou exegese. E diante desta anomalia restam-nos ainda as tristes confecções de listas de obrigações religiosas que se por acaso não cumpridas pode acarretar (segundo os fiscais da lei) em uma nota baixa emitida por Deus em relação nós (loucura sagaz religiosa). Logo, acentuamos nosso status de doentes com sorriso farisaico, porém levando um peso que certamente não nos redundará em conhecer mais de perto a Graça de Deus (pois parte deles ainda amam a Lei e odeiam a Graça).
Por isso vejo as “moscas” que ainda rodeiam as feridas abertas do irmão viciado em pornografia; as que rodeiam as feridas abertas do irmão atraído compulsivamente pelos seus bens e riquezas; as que rodeiam as feridas abertas do pastor que trai a sua esposa de forma dissimulada; as que rodeiam as feridas abertas da irmãzinha que idolatra o seu corpo, fornica frequentemente e ainda canta no louvor sob ministrações de arrepiar. Vejo as moscas rodeando as feridas abertas do irmão que nunca conseguiu perdoar seus pais por terem tentado aborta-lo na infância; as que rodeiam as feridas abertas de muitos irmãos que, com ternos ou paletós se enganam em seus tratamentos suntuosos com a sociedade, mas que no fundo se desesperam por não terem sua mesa repleta de paz e comunhão com os filhos.
Caso você considere esta confissão e desabafo, ore comigo também. Declare a nossa falência espiritual para que a Graça de Deus seja abundante em nossas feridas. Não relute, pois é assim que faremos valer a glória de declarar quem realmente somos: doentes, feridos, porém mais que vencedores.
***

Antognoni Misael, cada vez mais apaixonado pela Graça de Deus. Púlpito Cristão.
Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Jesus foi dizimista ?

Jesus foi dizimista ?

NO NOVO TESTAMENTO  
Jesus Cristo
A. Nunca foi acusado de não entregar o dízimo
B. Nunca ensinou contra
1-Todas as citações bíblicas do Novo Testamento estão segundo a versão NVI. As exceções serão notadas.
Os Apóstolos
Os apóstolos ensinaram sobre a manutenção daqueles que vivem exclusivamente para a igreja e sobre o socorro aos necessitados. Como a assistência aos necessitados é um assunto sobre o qual não há dúvidas ou questionamentos, nos deteremos apenas no que diz respeito ao sustento dos que vivem em tempo integral para o serviço da igreja.

REFERÊNCIA TEXTO COMENTÁRIO

1Co 9.1-15 Texto básico. Vs. 1-2, 10, 11, 13 “…vocês são o selo do meu apostolado…”
“os que trabalham no templo alimentam-se das coisas do templo…” “Se entre vocês semeamos coisas espirituais, seria demais colhermos de vocês coisas materiais?”

Princípio
espiritual
inquestionável:
Troca de benefícios.

Vs. 3-10 “Não temos nós o direito de comer e beber?” “… quem
planta uma vinha e não come do seu fruto?”
Princípio natural: quem planta colhe.
Vs. 12 e 15 “Se outros têm o direito de serem sustentados por vocês, não o temos nós ainda mais?”

Direito.
Vs. 14 “Da mesma forma o Senhor ordenou àqueles que pregam o evangelho que vivam do evangelho.” Uma ordem do Senhor Jesus. Gl 6.6 Rm 15.27
“O que está sendo instruído na palavra partilhe todas as coisas boas com quem o instrui.” Honra, gratidão, Reconhecimento e dever.1Ts 2.7 2 Ts 3.9
“Embora pudéssemos como enviados de Cristo, exigir de vós a nossa manutenção…” (SBB). Exigência e direito. 1Tm 5.17-18; Mt 10.10; Lc 10.7 “o trabalhador merece o seu “Salário.” Salário, Pagamento.
Estes textos não apenas deixam clara a prática apostólica como também os princípios que a regiam. Alguns desavisados têm argumentado que Paulo não se utilizava deste expediente, ao contrário, trabalhava “com as próprias mãos”. Averigüemos a verdade bíblica:

A. Paulo não exigiu sua manutenção das igrejas de Corinto e Tessalônica por razões bem claras:*
 Corinto – Paulo queria estabelecer uma distinção muito clara entre ele, verdadeiro apóstolo (I Coríntios 3:6-10; 4:14-16; 9:1-2; II Coríntios 3.1-3; 11.1-3), pregando o evangelho gratuitamente (II Coríntios 11.7) e alguns ditos apóstolos que eram mantidos pelos coríntios e a quem Paulo chama de “obreiros fraudulentos” (II Coríntios 11:10-15). Esta intenção fica clara em II Coríntios 11:12 “… cortar ocasião…”, ainda que para
isso tivesse de passar privações (II Coríntios 11:7-9).
 Tessalônica – que fossem laboriosos, trabalhadores e não ficassem ociosos e se intrometendo na vida alheia, sendo pesados a outros (II Tessalonicenses 3:6-12). Paulo era o único que poderia ficar sem trabalhar e exigir o seu sustento e, contudo, não o fez.

B. Vale destacar que durante o tempo em que esteve nestas duas cidades Paulo foi sustentado por outras igrejas:
 Corinto – II Coríntios 11:7-9.
 Tessalônica – Filipenses 4:15-16.
 As igrejas de Corinto e Tassalônica estavam sendo beneficiadas pelo ministério de
Paulo. Contudo, para vergonha deles e por causa de deficiências na vida destas igrejas, ele era

mantido por outras cidades.
Algumas vezes Paulo teve que providenciar seu próprio sustento porque estava envolvido em trabalhos pioneiros, na formação de novas igrejas – estava lavrando com esperança (I Coríntios 9:10). Isto aconteceu, por exemplo, no início da igreja em Éfeso (Atos 20:33-35).
Em Jerusalém não havia este problema: a vinha já dava fruto e o rebanho já produzia leite e lã (I Coríntios 9:4-11). Paulo não vivia de “fazer tendas”. Isto era algo esporádico, quando a situação 

exigia.
 Em I Coríntios 9:4-6, fica claro que todos os apóstolos e até alguns que não eram apóstolos, como os irmãos do Senhor, eram mantidos pela igreja
 Paulo não tinha esposa e filhos, respondia apenas por si, podendo aceitar as dificuldades que surgissem, sozinho.

 Em Filipenses 4:17-19, Paulo expõe um princípio bíblico de que Deus abençoa ao que é generoso (aqui ele não está falando de auxilio aos pobres, mas do sustento aos que servem bens espirituais). E coloca isso em termos comerciais – uma troca: quem o supriu seria abençoado por Deus – e como uma verdadeira oferta a Deus e não aos homens (observações na NVI e da Bíblia Vida Nova). Seria Paulo um mercenário ou um que busca seus próprios interesses? Leia: II Coríntios 1:12; 4:2-5; 6:4-10; 12:14-18; I Tessalonicenses 2:1-6; ITimóteo 6: 3-10.


Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

AFUGENTANDO AS PESSOAS DO INFERNO!

AFUGENTANDO AS PESSOAS DO INFERNO

Queridos irmãos,

Estou publicando mais grande sermão e/ou texto de Jonathan Edwards. Abaixo você encontrará  um clássico de um daqueles que com a mais absoluta certeza foi um dos mais brilhantes teólogos da história. Sem sombra de dúvidas vale a pena ler e meditar nas palavras deste notável servo do Senhor.

Renato Vargens


"Se nós que cuidamos das almas soubéssemos como é o inferno e conhecêssemos a situação dos condenados à perdição, ou se por algum outro meio nos tornássemos conscientes de quão pavorosa é a condição deles; se ao mesmo tempo soubéssemos que a maioria dos homens foi para lá e víssemos que nossos ouvintes não se dão conta do perigo – nestas circunstâncias, seria moralmente impossível que evitássemos mostrar-lhes com muita seriedade a terrível natureza de tal desgraça e como estão extremamente ameaçados por ele. Nós até mesmo lhe clamaríamos em alta voz. Quando os ministros pregam friamente sobre o inferno, advertindo os pecadores de que o devem evitar, por mais que suas palavras digam que é infinitamente terrível, eles acabam se contradizendo; pois à semelhança das palavras, as ações também têm sua própria linguagem. Se o sermão de um pregador ilustra a situação do pecador como imensamente pavorosa, enquanto seu comportamento e sua maneira de falar contradizem isso – mostrando que ele não pensa assim – tal ministro vai contra seu objetivo, porque neste caso a linguagem das ações é muito mais eficaz do que o significado puro e simples de suas palavras. Não que eu acredite que devemos pregar somente a Lei; acontece que ministros talvez preguem suficientemente outras coisas. O evangelho deve ser proclamado tanto quanto a Lei e esta deve ser pregada apenas para preparar o caminho para o evangelho, a fim de que ele possa ser proclamado de modo mais eficaz. A principal tarefa dos ministros é pregar o evangelho: "Porque o fim da Lei é Cristo para a justiça de todo aquele que crê" (Rm 10.4). Portanto, um pregador ficaria muito além da verdade se insistisse demais nos terrores da Lei, esquecendo seu Senhor e negligenciando a proclamação do evangelho. Mesmo assim, porém, a Lei realmente deve ser enfatizada, e sem isso a pregação do evangelho talvez seja em vão. Certamente, é belo falar com seriedade e emoção, conforme convém à natureza e importância do assunto. Não nego que possa existir um pouco de impetuosidade imprópria, diferente daquilo que, pela lógica, decorreria da natureza do tema, fazendo com que forma e conteúdo não estejam de acordo. Alguns dizem que é ilógico usar o medo a fim de afugentar as pessoas para o céu. Contudo, acho que faz parte da lógica o esforço para afugentar as pessoas do inferno em cujas margens elas se encontram, prontas para cair dentro dele a qualquer momento, mas sem se dar conta do perigo. Não seria justo afugentar alguém para fora de uma casa em chamas? O medo justificável, para o qual há uma boa razão, certamente não deve ser criticado como se fosse algo ilógico."

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Fonte: Retirado da Revista Os Puritanos


Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Arminianos militantes são tão chatos quanto calvinistas militantes!

Arminianos militantes são tão chatos quanto calvinistas militantes!

Por Gutierres Fernandes Siqueira

Há poucos dias escrevi que uma bênção do arminianismo é a ausência de militância, mas isso, infelizmente, tem mudado. Hoje, para minha surpresa, descobri uma comunidade no Facebook chamada “Não ao calvinismo na CPAD (Casa Publicadora das Assembleias de Deus)”. Mil desculpas aos meus amigos internautas que curtiram aquela página, mas é muita bobagem para pouco espaço. É militância desprovida de razão.

1. Editora confessional não significa “confessionalismo” radical. Ora, não é porque a Assembleia de Deus seja uma igreja majoritariamente arminiana wesleyana que a mesma não possa publicar outras visões soteriológicas. Isso mais enriquece do que empobrece os leitores assembleianos.

Carson é exemplo de erudito calvinista
 moderado publicado pela CPAD. Que venha mais!
2. A maior parte dos livros de autores calvinistas publicados pela CPAD não tem como tema a soteriologia. O ótimo livro A Supremacia de Cristo em um Mundo Pós-Moderno, por exemplo, fala sobre a nossa relação com a cultura. Nele, por exemplo, lemos ótimos textos de Tim Keller, Mark Driscoll, John Piper, D. A. Carson etc. Não há calvinismo propriamente dito. Outro exemplo de teologia da cultura é da calvinista Nancy Pearcey em Verdade Absoluta. No maravilhoso livro A Difícil Doutrina do Amor de Deus, também publicado pelos assembleianos da Casa, o autor D. A. Carson critica o calvinismo em duas ocasiões.

3. É estranho uma editora pentecostal publicar John MacArthur Jr.? Sim, concordo que é meio bizarro publicar o mais conhecido antipentecostal dos Estados Unidos. Mas isso mostra uma virtude da CPAD: a tolerância. Será que a Editora Cultura Cristã, por exemplo, teria a mesma atitude? Isso é ponto positivo para a editora assembleiana. E, é claro, em nenhuma obra publicada pela Casa o autor fala sobre pentecostalismo propriamente dito. Eu também não gosto do MacArthur, mas isso não significa que ele seja totalmente desprezável.

4. Como a CPAD pode desprezar autores calvinistas se eles escrevem mais do que outros autores de confissões conservadoras? Cite pra mim, por favor, alguma obra de referência escrita por uma pentecostal brasileiro! Não há nenhuma. Mesmo os nossos melhores teólogos têm livros que lembram mais apostilas de seminário de férias. Somente quem escreve mais do que os calvinistas são os teólogos liberais. Logo, a CPAD não tem muita escolha. Nem ela e nem as batistas Vida Nova e Hagnos e  a interdenominacional Editora Vida.

5. Eu dou graças a Deus pela postura sem preconceitos da CPAD. Não sou calvinista, mas os autores calvinistas publicados pela Casa muito me ajudaram a compreender melhor a fé cristã. Sim, sou bastante feliz de ter livros da Casa com ótimos autores como J. I. Packer, John Piper, Nancy Pearcey, Charles Colson, D. A. Carson, Matthew Henry etc.

Portanto, caros arminianos, voltem ao tempo que a militância chata era algo apenas de calvinistas desmiolados.


Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

LEVAI AS CARGAS UNS DOS OUTROS!

LEVAI AS CARGAS UNS DOS OUTROS

carga0Por Maurício Zágari
Fernando Pessoa tem uma poesia bastante conhecida, onde se lê: “O poeta é um fingidor. Finge tão completamente que chega a fingir que é dor a dor que deveras sente”. Por esse prisma, e com toda licença poética, me atrevo a dizer que vivemos cercados de poetas – pessoas que sorriem, cumprimentam, se esmeram em transparecer alegria, mas por dentro são tomadas de tristezas profundas. São fingidoras. Não pelo aspecto negativo, simplesmente fingem que está tudo bem quando, na verdade, está tudo mal. Heróis da temperança, suportam suas cargas sem repartir com ninguém – e não por vontade própria. São multidões de infelizes que circulam ao nosso redor sem que sua infelicidade torne-se visível. E, acredite: dentro das igrejas.
Entre esses irmãos e irmãs há de tudo. Pessoas acometidas por doenças que roubam sua paz, gente extremamente infeliz em sua vida afetiva, deprimidos, solitários, seres humanos feridos por outros seres humanos, filhos abandonados, pais esquecidos, almas esmagadas pelo peso do próprio pecado, cristãos que não conseguem enxergar Cristo. São muitas as razões, são muitas as vítimas. Convivem diariamente com a tristeza, sem ter com quem conversar, desabafar, sem ter quem as ouça e a suas histórias. São sofredores ocultos.
carga4A pergunta que me faço é: por quê? Por que há entre nós essa multidão de ilhas humanas, isoladas, que não conseguem estabelecer pontes com as demais? Se somos um Corpo e cada membro que dói deveria afetar todos os outros, por que há tantos que se mantém em silêncio quanto às suas dores mais profundas? Paulo diz em Gálatas 6.2: “Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo”. Isso é o cenário ideal. Por que, então, para tantos e tantos isso não acontece?
Acredito que há duas explicações e, infelizmente, elas não são muito bonitas.
Primeiro: quem é que pergunta “tudo bem?” de fato preparado para ouvir um “não” como resposta? Porque, sejamos francos, todos estamos condicionados a cruzar com alguém, dizer “tudo bem?” e escutar um automático “tudo bem” de volta. Só que uma enorme porcentagem dos que dizem isso… não estão nada bem. Respondem pelo hábito e pela triste realidade: se dissessem “não, não estou bem” veriam da parte da outra pessoa uma total inabilidade de lidar com isso. Muitos ouviriam um “vamos orar, irmão” de volta ou um “que é isso, irmã, a vitória é tua!”. E tudo continuaria como antes.
carga2Como Igreja, a realidade é que muitos não estão preparados para lidar com quem não está bem. Simplesmente não sabem o que fazer. Nem o que dizer. Perdem o rebolado. Muitos buscam o caminho mais fácil: encaminham para o pastor. Muitos respondem frases-feitas. Muitos fogem. Muitos chegam ao ponto de dizer que é falta de fé. E, com isso, nos acostumamos a que não adianta nada nos mostrarmos como de fato estamos, pois abrir o peito não terá utilidade. O socorro não virá. O conforto ficará apenas na vontade. Dizer “não estou bem” pra quê? Quem se interessaria? E, caso se interessassem, quantos estariam habilitados a levar nosso fardo conosco?
Penso que isso deveria ser muito mais presente em nossa vida em igreja. Deveríamos pregar mais sobre o assunto. Na escola bíblica dominical deveria ser lição indispensável: como amar o próximo. Como levar as cargas uns dos outros. Como escutar a infelicidade alheia de maneira consequente. Todo seminário teológico deveria investir tempo tratando disso – afinal, é um elemento da fé cristã muito mais importante do que calvinismo X arminianismo ou sobre batismo no Espírito Santo, por exemplo. Eu trocaria os dons mais excelentes pela habilidade de levar conforto a quem tem dor. Eu preferiria mil vezes mais ter o dom de levar as cargas dos meus irmãos do que o de profetizar ou operar maravilhas. Simplesmente porque é mais útil, mais importante e desesperadamente mais necessário em nossos dias. Amar o próximo… ó, Deus, como precisamos aprender a fazer isso!
carga5A segunda explicação é a falta de confiabilidade de muitos. Há irmãos e irmãs aos montes que sofrem de dramas reais, dores de alma crônicas, tristezas infindáveis… mas não confiam em se abrir com ninguém da igreja. Porque já viram todo tipo de traições: sacerdotes que vazam confissões que lhes foram feitas em confiança. Irmãos que passam adiante o que lhes segredamos. Irmãs que se afastam de nós ao tomar conhecimento de certas realidades que nos esmagam. Diante disso, como confiar? Como ter fé em que aquele amigo “tão espiritual” não trairá a confiança que depositamos nele ao vilipendiar nossas dores mais profundas e agoniantes? Logo, o que acontece é: “Tudo bem?”. “Sim, tudo ótimo!”, quando, por dentro, há tristeza, solidão, angústia, sofrimento.
Como podemos mudar isso? Preocupando-nos de fato com o próximo. Pondo em prática o Grande Mandamento. Se você começar a agir na sua comunidade de fé mostrando que é alguém com quem se pode contar na hora da angústia e da tribulação, as pessoas criarão coragem para compartilhar com você suas dores. Se você se apresentar como alguém confiável, os cansados e sobrecarregados se aproximarão. E terão coragem de dizer “não, não está tudo bem”. Olhe para si: você é alguém preparado para ouvir e auxiliar, para amparar? Tem base bíblica para oferecer conforto e paz a partir do que dizem as Escrituras? Você é um cristão pronto para oferecer o conforto de Cristo? Se percebe que não, procure urgentemente soluções para isso. Seus irmãos precisam de você. Há dores demais em nosso meio, angústias em excesso no seio da Igreja para deixarmos isso pra lá. “Jesus cuida” – sim, eu sei disso. Mas Jesus quer usar você como instrumento para cuidar.
Olhe ao redor e passe a procurar o próximo a quem possa amar. Não sabe como fazer? Comece com uma simples pergunta: “Tudo bem?”. E quando vier a resposta automática, olhe nos olhos e insista: “Mas… tudo bem mesmo?”. A partir daí, prepare-se: você pode se surpreender com o que vai ouvir e com a forma com que Deus pode usá-lo para levar cargas de pessoas que, muitas vezes, mal têm forças de ficar em pé.
Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício
***

Fonte: BLog Apenas1. Divulgação: Púlpito Cristão.
Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

O Senhor luta por nós!

O Senhor luta por nós

Ronaldo Lidório 

O Senhor luta por nós! Ele conhece os nossos corações, o tempo de nossa vida, os sentimentos não explicados e o ambiente incerto ao redor. E Ele luta por nós.

Ele, que luta por nós, não é um mero valente do seu povo, um guerreiro de grandes vitórias ou um rei amado pela nação. É o Senhor todo poderoso, Criador dos céus e da terra, Governante absoluto de tudo o que existe, Feitor da luz e da vida, Rei dos reis, Controlador do universo, Salvador da humanidade, Resgatador dos perdidos e Pai de seus filhos. 

E Ele luta por nós.

A convicção de que o Senhor dos Senhores luta por nós produz dois efeitos sobre nossos corações. O primeiro é de descanso, pois aquele que controla todas as coisas controla também a nossa vida. Aquele que rege o universo tem poder sobre nossos corações, relacionamentos, corpos, provisões e futuro. 

Descansemos no Senhor que luta por nós. Coloquemos perante Ele nossas aflições e peçamos o retorno das noites bem dormidas e do riso aliviado. Ele cuida de nós.

O segundo efeito é de expectativa no Senhor. Se Ele luta por nós qualquer coisa nova pode acontecer! Qualquer coisa pode mudar, qualquer situação pode ser consertada, qualquer pessoa pode ser quebrantada, qualquer pecado pode ser perdoado. Se Ele luta por nós podemos, a qualquer momento, ser curados da enfermidade mais profunda que amedronta o corpo e a alma.

Descansar em Deus e esperar em Deus, porque Ele luta por nós.

Encontramos esta palavra de encorajamento à nossa fé em Deuteronômio: O Senhor luta por nós! Moisés a proferiu ao povo de Israel em um momento emblemático de sua jornada. Após 40 anos peregrinando no deserto o povo se vê próximo ao rio Jordão, prestes a entrar na terra prometida. Vivia, assim, o momento de pesado cansaço pela peregrinação longa e árida e, por outro lado, profunda esperança para entrar na terra tão esperada. Moisés, usado por Deus, encoraja o povo lembrando como o Senhor foi fiel no passado. Amanhã não seria diferente. Moisés declara que o povo ainda passará por muitas provações e que aquele não é, enfim, o momento final de descanso. Porém, falando sobre reis e reinos que ainda os confrontarão ele lhes diz: “não os temais, pois o Senhor luta por vós” (Dt 3:22).

A caminhada é longa e ainda não cruzamos o Jordão, mas esta verdade nos levará até o final, na paz de Deus. O Senhor luta por nós!



Do site do AUTOR


Fonte:
http://www.genizahvirtual.com/2013/09/o-senhor-luta-por-nos.html

Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

CONFISSÃO DE PECADOS, UM SERMÃO COM SETE TEXTOS!

CONFISSÃO DE PECADOS, UM SERMÃO COM SETE TEXTOS

Em virtude da grande quantidade de bobagens pregadas nos púlpitos brasileiros, resolvi publicar neste BLOG, os sermões de grandes pregadores. O primeiro sermão que publiquei, foi a clássica mensagem proferida pelo notável Jonathan Edwards, cujo título é: "Pecadores nas mãos de um Deus irado." Hoje, publico um dos sermões de Charles Spurgeon "Confissão de pecado um sermão de sete textos".  O Príncipe dos Pregadores com a habilidade que lhe pertinaz passeia pelas Escrituras tratando com firmeza e seriedade doutrinas fundamentais da fé cristã.
                  Recomendo a leitura!

                  Renato Vargens 

                  Um sermão Por Charles Spurgeon
Meu sermão esta manhã terá sete textos e minha pregação será centrada em apenas duas palavras de cada um, porque os sete textos são todos semelhantes e ocorrem em sete porções diferentes da santa Palavra de Deus. Porém, eu usarei o contexto de todos eles para exemplificar casos diferentes; e peço a vocês que trouxeram suas Bíblias que os acompanhem a medida que forem mencionados. O tema desta manhã será - CONFISSÃO DE PECADO. Nós sabemos que isto é absolutamente necessário à salvação. A menos que haja uma verdadeira e sincera confissão de nossos pecados a Deus, não temos nenhuma promessa que nós acharemos clemência no sangue do Redentor. "Todo aquele que confessar seus pecados e os abandonar achará misericórdia" . Mas não há nenhuma promessa na Bíblia para o homem que não confessar seus pecados. Há muitos que fazem uma confissão, e uma confissão diante de Deus, e não recebem nenhuma bênção, porque a confissão deles não tem certas marcas que são requeridas por Deus, que provariam sua genuinidade e sinceridade e que demonstrariam terem sido fruto do trabalho do Espírito Santo.  Meu texto esta manhã consiste em duas palavras: "eu pequei". E você verá como estas palavras, nos lábios de homens diferentes, indicam sentimentos muito diferentes. Enquanto uma pessoa diz "eu pequei" e recebe perdão, outro diz o mesmo, porém segue seu caminho para se enegrecer com pecados piores que antes e mergulha em profundezas maiores de pecado do que antes ele tinha experimentado.
O Pecador Endurecido.  Faraó: "eu pequei". Êxodo 9:27.

O primeiro caso que eu apresentarei a vocês é o do PECADOR ENDURECIDO que, quando experimenta terror, diz "eu pequei". E você achará o texto no livro de Êxodo 9:27 - "Então Faraó mandou chamar Moisés e Arão, e disse-lhes: Esta vez pequei; o Senhor é justo, mas eu e o meu povo somos a ímpios". Mas porque esta confissão nos lábios deste altivo tirano? Ele não se humilhava perante Jeová. Então porque aquele orgulhoso se curvou? Você julgará o valor da sua confissão quando você ouvir as circunstâncias debaixo das quais foi feita: "E Moisés estendeu a sua vara para o céu, e o Senhor enviou trovões e saraiva, e fogo desceu à terra; e o Senhor fez chover saraiva sobre a terra do Egito. Havia, pois, saraiva misturada com fogo, saraiva tão grave qual nunca houvera em toda a terra do Egito, desde que veio a ser uma nação". Agora, diz Faraó, enquanto o trovão estava rolando no céu, enquanto o fogo então incendiava o solo e enquanto o granizo descia em grande quantidade, ele diz, "eu pequei". Ele é somente um exemplo de multidões da mesma categoria. Quantos rebeldes endurecidos a bordo de navios, quando as madeiras estão deformadas e rangendo, quando o mastro está quebrado e o navio está vagando ao sabor do vento forte, quando as ondas famintas estão abrindo suas bocas para tragar o navio tão rapidamente como aqueles que entram na cova, quantos marinheiros cujos corações se encontram endurecidos pelo pecado, curvam seus joelhos com lágrimas nos olhos, e clamam "eu pequei!". Mas que proveito e que valor tem a confissão deles? O arrependimento que nasceu na tempestade morreu na calmaria; aquele arrependimento criado entre trovões e raios, cessou tão logo tudo foi silenciado e o marinheiro que era piedoso quando a bordo do navio, se tornou um dos piores e mais abomináveis entre os marinheiros quando colocou seu pé em terra firme. Também, com que freqüência nós vemos isto em uma tempestade com abundância de raios e trovões? Muitos homem empalidecem quando ouvem o trovão ressoando; as lágrimas enchem seus olhos, e eles clamam "Ó Deus, eu pequei!"; enquanto as vigas da sua casa são balançadas e o solo embaixo deles oscila diante da voz de Deus em Sua majestade. Mas ai de tal arrependimento! Quando o sol novamente brilha e as negras nuvens passam, o pecado vem novamente sobre o homem e ele se torna pior que antes. Quantas confissões do mesmo tipo, nós também vemos em tempos de epidemias fatais! Então nossas igrejas ficam cheias de ouvintes que, por verem tantos enterros passarem por suas portas, ou porque tantos morreram na sua rua, não podem se abster de ir à casa de Deus para confessar seus pecados. E debaixo daquela visitação, quando um, dois e três caem mortos em sua casa, ou na porta ao lado, quantos pensaram que realmente volveriam-se a Deus! Mas, ai! quando a pestilência acaba seu trabalho, a convicção cessa; e quando o sino toca pela última vez por uma morte causada por uma epidemia, então seus corações deixam de bater em penitência e suas lágrimas deixam de fluir. Tenho alguém aqui assim nesta manhã? Se há tais pessoas aqui esta manhã, me deixe solenemente dizer-lhes: "Senhores, vocês esqueceram os sentimentos que tiveram nas suas horas de angústia; mas, se lembrem, Deus não esqueceu dos votos que vocês fizeram". Marinheiro, você disse se Deus o poupasse para ver a terra novamente, você seria Seu servo; mas você não é; você mentiu a Deus, você Lhe fez uma falsa promessa, porque você nunca manteve o voto que seus lábios fizeram. Você disse, em um leito de doença, que se ele poupasse sua vida você nunca pecaria novamente como antes; mas aqui está você e seus pecados desta semana falarão por mim. Você não é melhor do que você era antes da sua doença. Você poderia mentir para Deus e não ser reprovado? E você pode pensar em mentir para Deus e não ser punido? Não! o voto, por mais precipitadamente que tenha sido feito, é registrado no céu; e apesar de ser um voto que o homem não pode cumprir, contudo, como é um voto que ele próprio fez, e o fez voluntariamente também, ele será castigado pelo não cumprimento dele; e Deus executará vingança afinal, porque ele disse que abandonaria seus caminhos de pecado, porém, quando o infortúnio é removido ele não faz isto. O anjo vingador poderá dizer: "Ó Deus, estes homens disseram que se eles fossem poupados seriam melhores; porém são piores. Como eles violaram suas promessas, e como eles atraíram a ira divina sobre si mesmos!". Este é o primeiro estilo de arrependimento; e é um estilo que eu espero que nenhum de vocês imitem, porque é totalmente sem valor. É inútil você dizer "eu pequei" somente debaixo da influência do terror, e então esquecer disto depois.
O Homem Dúbio - BALAÃO: "eu pequei". Nm. 22:34.

Agora vamos ao segundo texto. Apresentarei a vocês um outro caráter - O HOMEM DÚBIO, que diz "eu pequei" e sente que ele realmente o fez, e sente de maneira profunda, mas é tão mundano que ele "ama a injustiça". O caráter que eu escolhi para ilustrar isto, foi o de Balaão. Abra o livro de Números 22:34: "Respondeu Balaão ao anjo do Senhor: eu pequei". "Eu pequei", disse Balaão; mas, apesar disto, ele se foi com seu pecado. Um dos caracteres mais estranhos do mundo inteiro é o de Balaão. Eu freqüentemente tenho me surpreendido com aquele homem; ele realmente parece, em outro sentido, ter surgido das linhas de Ralph Erskine: "Para o bem e para o mal igualmente se curva, E para ambos: o diabo e O Santo ". Porque ele parecia ser assim. Algumas vezes falava com tamanha eloquência e triunfo, que não poderia se igualar a nenhum outro homem; e outras vezes ele exibia a pior e mais sórdida cobiça que pode desgraçar a natureza humana. Pense. Você vê Balaão; ele está no cume da colina, e lá embaixo está o povo de Israel; ele é ordenado a os amaldiçoar, e ele diz: "Como amaldiçoarei a quem Deus não amaldiçoou? e como denunciarei a quem o Senhor não denunciou?" E Deus abre seus olhos, e ele começa a falar até mesmo sobre a vinda de Cristo, e ele diz: "Eu o vejo, mas não no presente; eu o contemplo, mas não de perto". E então ele apresenta sua oração dizendo: "Que eu morra a morte dos justos, e seja o meu fim como o deles!". E vocês acharão que aquele homem tem esperança. Espere até que ele desça da colina, e vocês lhe ouvirão dar o mais diabólico conselho ao rei de Moabe, tão diabólico que era até mesmo possível ser sugerido pelo próprio Satanás. Disse ele ao rei: "Você não pode vencer este povo na batalha, porque Deus está com eles; tente instigá-los contra Deus". E vocês sabem como, com luxúrias temerárias, os Moabitas tentaram seduzir os filhos de Israel a serem infiéis a Jeová; de forma que este homem parecia ter a voz de um anjo, às vezes, mas também a alma de um diabo no seu íntimo. Ele era um caráter terrível; era um homem de duas mentes, um homem que foi por todo o caminho com duas disposições. Eu sei que a Escritura diz "Ninguém pode servir a dois senhores". Hoje em dia isto é freqüentemente mal entendido. Alguns lêem assim "Ninguém pode servir a dois senhores". Sim ele pode; ele pode servir três ou quatro. O jeito de ler esta passagem é "Ninguém pode servir a dois senhores". Ambos não podem ser senhores. Ele pode servir dois, mas os dois não podem ser seus senhores. Um homem pode servir a dois que não são seus mestres, ou mesmo vinte; ele pode viver por vinte propósitos diferentes, mas ele não pode viver para mais de um propósito principal; somente pode haver um propósito principal em sua alma. Mas Balaão laborou em servir a dois; era igual as pessoas de quem foi dito "Eles temeram o Senhor, e serviram outros deuses". Ou como Rufus que era parecido com Balaão; porque você tem conhecimento que nosso velho rei Rufus pintou Deus em um lado do seu escudo e o diabo no outro, e abaixo, o lema: "Pronto para ambos; pegue quem puder". Há muitos, que de igual modo, estão prontos para ambos. Eles encontram o pastor, e quão piedosos e santos eles são; no dia do Senhor eles são as pessoas mais respeitáveis e justas do mundo; eles falam pausadamente por pensarem ser isto algo eminentemente religioso. Mas em um dia de semana, se você quer encontrar os maiores desonestos e fraudadores, eles são alguns destes homens que são tão hipócritas na sua devoção. Meus ouvintes, nenhuma confissão de pecado pode ser genuína, a menos que seja feita de todo o coração. É inútil você dizer: "eu pequei" e então continuar pecando. Alguns homens parecem nascer com dois caracteres. Eu observei na livraria da Trinity College, Cambridge, uma bonita estátua do Lord Byron. O bibliotecário me disse, "Olhe daqui, senhor". eu olhei, e disse: "que semblante intelectual!". "Que gênio ele era!". Então ele disse: "Venha para o outro lado!". "Ah! que demônio! Aqui está um homem que poderia desafiar Deus". Ele tinha um desagrado e um semblante terrível em sua face; tal como Milton poderia ter pintado a Satanás quando ele disse: "Melhor reinar no inferno do que servir no céu!". Eu me virei e disse ao bibliotecário: "você pensa que o artista planejou isto?". "Sim!" ele disse: "ele desejou retratar os dois caracteres: o grande, o esplêndido e o gênio quase super-humano que ele possuia, e também a enorme massa de pecado que existia em sua alma". Existem alguns homens aqui do mesmo tipo. Eu ouso dizer que, como Balaão, eles poderiam operar milagres; e ao mesmo tempo há algo neles que revela um caráter repugnante de pecado, tão grande quanto pareceria ser o caráter deles para a retidão. Balaão, você sabe, ofereceu sacrifícios a Deus no altar de Baal; isso era típico do seu caráter. E assim muitos fazem; eles oferecem sacrifícios a Deus no santuário de Mamon; e enquanto eles ofertam a uma igreja e distribuem ao pobre, eles na outra porta do seu escritório contábil, oprimem o pobre e espremem até a última gota de sangue da viúva, para ficarem ricos. Ah! é infrutífero e inútil para você dizer "eu pequei", a menos que você o diga de todo seu coração. A confissão daquele homem dúbio não tem nenhum proveito.
O Homem Insincero.  SAUL : "eu pequei". 1 Samuel 15:24.

E agora um terceiro caráter, e um terceiro texto. No primeiro livro de Samuel 15:24, lemos: "Então disse Saul a Samuel: "eu pequei". 
Aqui está o HOMEM INSINCERO - o homem que não é como Balaão, até certo ponto sincero sobre duas coisas; mas um homem que é justamente o oposto - que não tem nenhum ponto proeminente em seu caráter, mas que é sempre modelado pelas circunstâncias que passam pela sua cabeça. Saul era assim. Samuel o reprovou e ele disse: "eu pequei". Mas ele não queria realmente dizer aquilo, porque se você ler o verso inteiro, vai vê-lo dizendo: "porque eu temi o povo" , o que era uma desculpa mentirosa. Saul nunca temeu ninguém; ele sempre estava bastante pronto para fazer sua própria vontade; ele era um déspota. Um pouco depois, ele sustentou outra desculpa, ao afirmar que havia trazido bois e cordeiros para oferecer a Jeová, portanto, ambas desculpas não podiam ser verdadeiras. A característica mais proeminente no caráter de Saul era sua insinceridade. Um dia ele manda buscar a Davi da cama dele, para o matar. Outra vez ele declara "tão certo como vive o Senhor, ele (Davi) não morrerá". Um outro dia, porque Davi salvou sua vida, ele disse "Mais justo és do que eu; não tornarei a fazer-te mal". Isso ele disse após o perseguir, com o objetivo de matá-lo. Às vezes Saul se encontrava entre os profetas e profetizava; logo depois entre as bruxas; às vezes em um lugar, outras em outro, e insincero em tudo. Quantas pessoas como ele encontramos em toda assembléia cristã; homens que são muito facilmente modelados! Diga o que quiser a eles, e eles sempre concordarão com você. Eles têm disposições afetuosas, e uma consciência sensível; tão sensível que parece ceder quando impressionada, mas tememos sondá-la mais profundamente; ela se cura tão rapidamente quanto se machuca. Já usei uma comparação muito singular antes, a qual tenho que usar novamente: alguns homens parecem ter corações de borracha. Se você apenas os tocar, é feita uma impressão imediatamente; entretanto é inútil, pois logo retorna ao seu estado original. Você pode os apertar de qualquer modo que desejar, eles são tão elásticos que você sempre alcançará seu propósito; entretanto eles não tem firmeza de caráter e logo voltam a ser o que eram antes. Ó senhores, muitos de vocês fazem o mesmo; curvam suas cabeças na Igreja e dizem: "Temos errado e nos desviado do caminho" mas você não pretendia, verdadeiramente, dizer isto. Você veio ao seu pastor e disse "eu me arrependo dos meus pecados", mas você não se sentia um pecador; você só disse aquilo para agradá-lo. E agora você freqüenta a casa de Deus; ninguém mais impressionado que você; lágrimas correrão facilmente da sua face; mas, apesar disto, a lágrima se secará tão depressa quanto foi produzida, e você permanece, em todos seus intentos e propósitos, igual ao que era antes. Dizer "eu pequei" de uma maneira sem significado ou sentido, é pior do que desprezível, porque é um escárnio a Deus confessar com insinceridade de coração. Eu fui breve neste caráter; porque parece se relaciona com o de Balaão; entretanto, podemos ver claramente que há um real contraste entre Saul e Balaão, embora haja uma afinidade entre os dois. Balaão era um grande homem mau, grande em tudo que fez; Saul era pequeno em tudo, exceto em estatura, pequeno em bondade e pequeno em maldade; enquanto Balaão era grande em ambos: o homem que às vezes poderia desafiar Jeová, e em outro momento dizia "se Balaque me desse sua casa cheia de prata e ouro, eu não poderia ir além da palavra do Senhor meu Deus, para fazer mais ou menos".
O Penitente Duvidoso. ACÃ: "eu pequei". - Josué 7:20.
Agora quero apresentar a você um caso muito interessante; é o caso do PENITENTE DUVIDOSO, o caso de Acã, no livro de Josué 7:20 "Respondeu Acã a Josué: Verdadeiramente pequei contra o Senhor Deus de Israel". Você sabe que Acã roubou despojos da cidade de Jericó - que ele foi descoberto através de sorte, e levado a morte. Cito este caso como o representante daqueles cujo caráter é questionável em seu leito de morte; aqueles que se arrependem aparentemente, mas de quem a maioria de nós só pode dizer que nós esperamos que suas almas estejam salvas afinal, mas verdadeiramente nós não podemos assegurar. Acã, você está lembrado, foi apedrejado, por desonrar Israel. Mas eu achei no Mishna, uma antiga exposição judia da Bíblia, estas palavras, "Josué disse a Acã , hoje o Senhor te perturbará a ti". E uma nota sobre este texto que diz: "Ele disse este dia, o que implica que ele só seria perturbado nesta vida, sendo apedrejado até a morte, mas que Deus teria misericórdia da sua alma por ter ele feito uma confissão completa do seu pecado". E eu, também, sou propenso, ao ler o capítulo, a concordar com a idéia de meu venerável e agora glorificado predecessor, Dr. Gill, que acreditava que Acã realmente foi salvo, embora tenha sido condenado à morte pelo seu crime, como um exemplo. Observe como Josué falou de forma compassiva com ele. Ele disse: "Filho meu, dá, peço-te, glória ao Senhor Deus de Israel, e faze confissão perante ele. Declara-me agora o que fizeste; não mo ocultes". E você encontra Acã fazendo uma confissão completa. Ele diz: "Verdadeiramente pequei contra o Senhor Deus de Israel, e eis o que fiz: quando vi entre os despojos uma boa capa babilônica, e duzentos siclos de prata, e uma cunha de ouro do peso de cinqüenta siclos, cobicei-os e tomei-os; eis que estão escondidos na terra, no meio da minha tenda, e a prata debaixo da capa". Esta confissão parece ser tão satisfatória que se me fosse permitido julgar, eu diria: "espero encontrar Acã o pecador, diante do trono de Deus". Mas Matthew Henry não tem a mesma opinião; e muitos outros expositores consideram que assim como seu corpo foi destruído, assim também foi sua alma. Por este motivo, eu selecionei o caso dele como sendo o de um arrependimento duvidoso. Ah! queridos amigos, já me encontrei muitas vezes em leitos de morte e pude ver muitos com arrependimentos como este. Eu vi um homem, reduzido a um esqueleto, sustentado por travesseiros em sua cama; e ele disse, quando lhe falei sobre o julgamento vindouro: "Senhor, eu sinto que fui culpado, mas Cristo é bom; eu confio nEle". E eu disse pra mim mesmo: "eu acredito que a alma deste homem está salva". Mas fui embora com a reflexão melancólica de que não tive nenhuma prova disto, além das suas próprias palavras; porque preciso de prova através de atos e da vida posterior ao arrependimento, para sustentar uma convicção firme da salvação de um homem. Você conhece aquela história de um médico que manteve um registro de mil pessoas que uma vez pensaram que estavam morrendo, e de quem ele pensou que eram penitentes; ele escreveu seus nomes em um livro, como aqueles que, se tivessem morrido, iriam para o céu; eles não morreram, eles viveram; e ele diz que entre estas mil pessoas, nem mesmo três mudaram verdadeiramente seu modo de vida, pois voltaram novamente aos seus pecados e continuaram como antes. Ah! queridos amigos, eu espero que nenhum de vocês tenha um arrependimento de leito de morte, como este; eu espero que seu pastor ou seus pais não tenham que estar ao seu lado da cama, dizendo consigo mesmo: "Pobre companheiro, espero que ele seja salvo". Mas ai! arrependimentos de leito de morte são coisas tão frágeis, cujos fundamentos de esperança são tão triviais e tão pobres, que eu tenho medo, depois de tudo, que esta alma possa estar perdida". Ó! morrer com toda segurança; ó! morrer com uma entrada abundante, deixando um testemunho que nós partimos desta vida em paz! Este é um modo muito mais feliz de morrer do que de uma maneira duvidosa, cambaleando entre dois mundos, e nem nós, nem nossos amigos sabendo para qual dos dois mundos estamos indo. Que Deus possa nos conceder a graça de dar evidências, nas nossas vidas, da verdadeira conversão, que nosso caso possa não ser duvidoso!
O Arrependimento de Desespero. JUDAS: "eu pequei". Mateus 27:4.
Não o deterei por mais tempo, mas tenho de lhe mostrar outro caso; o pior de todos. É o ARREPENDIMENTO DE DESESPERO. Examine Mt. 27:4. Lá você tem um caso terrível do arrependimento de desespero. Você reconhecerá o personagem no momento que eu ler o verso: "E Judas disse, eu pequei". Sim, Judas o traidor; aquele que traiu seu Mestre, quando viu que seu Mestre foi condenado, "devolveu, compungido, as trinta moedas de prata aos anciãos, dizendo: Pequei, traindo o sangue inocente ... E tendo ele atirado para dentro do santuário as moedas de prata, retirou-se, e foi enforcar-se". Aqui está o pior tipo de arrependimento de todos; de fato, não sei se é justo chamar isto de arrependimento; isto deve ser chamado remorso de consciência. Mas Judas confessou seu pecado, e então saiu e enforcou-se. Ó! aquela horrível, aquela terrível, aquela horrorosa confissão de desespero. Você nunca viu isto? Se você nunca viu, então agradeça a Deus pelo fato de que você nunca foi chamado para presenciar tal visão. Eu vi isto uma vez em minha vida, e peço a Deus que nunca veja de novo - o arrependimento do homem que vê a morte face a face e que diz, "eu pequei ". Você lhe fala que Cristo morreu pelos pecadores; e ele responde, "não há nenhuma esperança para mim; Eu blasfemei contra Deus na Sua face; eu O desafiei; meu dia de graça eu sei que é passado; minha consciência está cauterizada com ferro quente; eu estou morrendo, e eu sei que estou perdido!" Ó! meus ouvintes, alguns de vocês tem tal arrependimento? Se você tem, será um sinal futuro para todas as pessoas que pecam; se você tem tal arrependimento, servirá como advertência a gerações futuras. Na vida de Benjamim Keach - e ele também foi um de meus predecessores - eu encontrei o caso de um homem que tinha sido crente professo, mas tinha se apartado da confissão, e tinha cometido pecados terríveis. Quando ele estava para morrer, Keach, com muitos outros amigos, foi vê-lo, mas eles nunca podiam ficar com ele mais do que cinco minutos por visita, porque ele dizia: "Vão embora; é inútil sua visita para mim; eu pequei à parte do Espírito Santo; Eu sou igual a Esaú; eu vendi meu direito de nascimento, e apesar de buscá-lo diligentemente com lágrimas, eu nunca o acharei novamente". E então ele repetia palavras terríveis, como estas: "minha boca está cheia de pedrinhas, e eu bebo absinto dia e noite. Não me fale, não me fale de Cristo! Eu sei que Ele é o Salvador, mas eu O odeio e Ele me odeia. Eu sei que tenho que morrer; eu sei que tenho que perecer!". E então seguiam-se gritos dolorosos, e ruídos horrorosos, que ninguém poderia agüentar. Eles voltaram novamente nos seus momentos de calma, mas só o agitavam mais uma vez, e lhe faziam chorar de desespero: "eu estou perdido! Eu estou perdido! É inútil me falarem qualquer coisa sobre isto!". Ah! Pode haver um homem aqui que pode ter uma morte como esta; deixe-me adverti-lo, antes disto; e Deus, Espírito Santo, possa permitir que este homem possa se voltar para Deus, e fazer uma verdadeira penitência, e então ele não precisará mais ter nenhum medo; porque ele, que teve seus pecados lavados no sangue do Salvador, não precisará ter nenhum remorso por seus pecados, porque foram perdoados pelo Redentor.
O Arrependimento do Santo. Jó: " eu pequei ". - Jó 7:20

E agora eu entro na luz do dia. Eu o tenho levado por confissões tristes e escuras; eu não o deterei por mais tempo lá, mas o trarei para as duas boas confissões que lerei para você. A primeira é a de Jó 7:20 - "Eu pequei; que te farei, ó Preservador dos homens?" Este é O ARREPENDIMENTO DO SANTO. Jó era um santo, mas ele pecou. Este é o arrependimento de um homem que já é filho de Deus, um arrependimento aceitável diante de Deus. Mas como eu pretendo enfatizar isto à noite, eu deixarei este caso por agora, por medo de cansar vocês. Davi era um espécime deste tipo de arrependimento, e seria proveitoso se estudassem cuidadosamente seus salmos de contrição; a linguagem que utiliza é sempre cheia de pranto de humilhação e arrependimento sincero.

A Confissão Abençoada - 
O PRÓDIGO: "eu pequei". Lc. 15:18.
Agora tratarei do último exemplo; é o caso do pródigo. Em Lc. 15:18, nós encontramos o pródigo dizendo: "Pai eu pequei". Ó!, aqui está uma CONFISSÃO ABENÇOADA! Aqui está o que prova que um homem tem um caráter regenerado - " Pai, eu pequei ". Deixe-me pintar a cena. Lá está o pródigo; ele fugiu de uma boa casa e de um pai amoroso, e gastou todo seu dinheiro com prostitutas, e agora ele não tem mais nada. Ele vai para seus antigos companheiros e lhes pede ajuda. Eles riem dele com desprezo. "Ó", diz ele, " vocês beberam meu vinho muitas vezes; eu sempre paguei para vocês nas nossas festas; vocês não vão me ajudar?" Mas eles dizem: "Vá embora!" e o expulsam dali. Ele procura todos seus amigos com quem tinha se associado, mas nenhum deles lhe dá qualquer coisa. Por fim alguém lhe diz: "Você quer um emprego? então vá e alimente meus porcos". O pobre pródigo, o filho de um rico proprietário de terras, que teve uma grande fortuna, tem que sair para alimentar porcos; e ele era judeu também! O pior emprego (na sua cabeça) para o qual ele podia ser contratado. Veja-o lá, em trapos sujos, alimentando porcos; e qual era seu salário? Tão pouco que ele "desejava encher o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam; e ninguém lhe dava nada". Veja, lá está ele, no seu lamaçal e imundície equivalentes aos dos seus companheiros de chiqueiro. De repente um pensamento posto lá pelo Espírito Santo, surge em sua mente: "meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, irei ter com meu pai e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados". E ele volta. Ele mendiga por todo seu caminho, de cidade em cidade. Às vezes ele consegue carona em uma carruagem, talvez, mas em outros momentos ele vai na sua marcha resoluta por colinas estéreis e vales desolados, sozinho. E agora afinal ele chega à colina fora da aldeia, e vê a casa do seu pai lá embaixo. Lá está; a velha árvore de álamo em frente dela, e lá estão as pilhas de feno nas quais ele e seu irmão corriam e brincavam; e à vista da sua velha casa todos os sentimentos e lembranças da sua vida vieram a sua mente, e lágrimas correram de seus olhos e ele quase foge novamente. Ele pensa: "será que meu pai morreu? Como tive coragem de magoar tanto minha mãe? E se os dois estiverem vivos, eles nunca me receberão novamente; eles fecharão a porta na minha cara. O que estou fazendo? Eu não posso regressar e tenho medo de ir adiante". E enquanto ele estava decidindo, seu pai estava andando pela varanda superior, olhando para fora, para seu filho; e apesar dele não poder ver seu pai, seu pai podia vê-lo. Bem, seu pai desce as escadas com toda sua força, corre até ele, e enquanto ele ainda está pensando em fugir, os braços do seu pai estão ao redor do seu pescoço, e ele o beija, como um pai amoroso, e então o filho começa - "Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho" e quando ele ia dizer "trata-me como um dos teus empregados" seu pai pôs a mão na sua boca. "Pare com isso", diz ele; " Eu o perdôo; não diga nada sobre ser um criado. Venha", diz ele, "entre, pobre pródigo. Ó!", diz ele para seus criados, "trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lha, e ponde-lhe um anel no dedo e alparcas nos pés; trazei também o bezerro, cevado e matai-o; comamos, e regozijemo-nos, porque este meu filho estava morto, e reviveu; tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a regozijar-se". Ó! Que recepção preciosa para o principal dos pecadores! Matthew Henry disse: "seu pai o viu, havia olhos de misericórdia; ele correu para o encontrar, havia pernas de misericórdia; ele pôs seus braços ao redor do seu pescoço, havia braços de misericórdia; ele o beijou, havia beijos de misericórdia; ele lhe disse, havia palavras de misericórdia - tragam a melhor roupa, havia atos de misericórdia, maravilhosa graça - tudo graça. Ó, que Deus gracioso Ele é". Agora, pródigo, faça o mesmo. Deus pôs isto em seu coração? Há muitos que têm fugido por muito tempo. Deus diz "retorne?" Ó, eu apelo a você que volte, então, pois tão certo quanto sempre, os que retornam Ele os acolherá. Nunca houve um pobre pecador que viesse a Cristo, que Cristo o mandasse embora. Se ele lhe mandasse embora, você seria o primeiro. Ó, se você pudesse ao menos experimentá-lO! "Ah, senhor, eu sou tão sujo, tão corrupto, tão vil ". Bem, você não pode ser mais vil que o pródigo. Venha para a casa do seu Pai, e tão certo quanto Ele é Deus, Ele manterá sua palavra: "o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora". Ó, se eu pudesse ouvir que alguns foram a Cristo esta manhã...eu bendiria a Deus! Você se lembra daquela manhã em que eu mencionei o caso de um infiel que tinha sido um escarnecedor, mas que, através da leitura de um de meus sermões impressos, foi trazido para a casa de Deus e então para os pés de Deus. Bem, no Natal passado, o mesmo infiel reuniu todos os seus livros, e foi ao mercado em Norwich, e lá fez uma pública retratação de todos os seus erros, e confessou a Cristo, e depois, tomando todos os livros que havia escrito que estavam em sua casa, os queimou à vista do povo. Eu glorifiquei a Deus por esta maravilhosa graça, e orei para que houvessem mais como este infiel, que, apesar de terem nascido pródigo, voltou para sua casa dizendo: "eu pequei".

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Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM! 

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