segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Cobertura Espiritual, Isso é Bíblico?

Por Thomas Magnum 

A cada dia o sincretismo religioso no meio evangélico fica mais absurdo e assustador. Porque muitas vezes o indivíduo não sabe onde está entrando, se num templo evangélico ou num centro espírita ou ainda num sei lá o que, que tem a palavra gospel no meio. Uma das mais novas modinhas doutrinárias das igrejas neopentecostais é a cobertura espiritual. Ou poderíamos chamar também como personal prophet. O crente agora tem um guru que vai guiar suas decisões e escolhas na vida, e nisso temos as mais absurdas colocações a ponto até de interferir na vida conjugal de um casal. Essa prática tem crescido muito em solo brasileiro, e vemos muitos grupos antes históricos no meio evangélico agora abraçarem cegamente o movimento da cobertura espiritual. 

Interessante ressaltar uma semelhança indissociável com os espíritos guias do espiritismo. O fiel vai comprar um carro, tem que perguntar ao seu líder, vai namorar, tem que ter autorização de seu líder, vai sair pra jantar com a esposa, tem que ter a aprovação de seu líder. E aí vemos um desenvolvimento herético de um tipo de cativeiro da vontade, exercido por parte de muitos líderes desses grupos que geralmente se subdividem em pequenos grupos ou células, como forma estratégica para manterem os membros sob o controle do líder maior. 

Um dia desses conversando com um rapaz de uma dessas igrejas, me pediu uma indicação de um bom livro teológico, ao lhe indicar, ele me disse que não podia ler aquele autor ou autores que não fossem Kenneth Hagin, Benny Hinn, T.L. Osborn, Rebecca Brown ou John Bevere que é o mais novo no ranking. Ou seja o rapaz foi proibido de ler algumas coisas que confrontem os ensinos de tais profetas do erro. 

Ao conviver com pessoas que saíram de grupos neopentecostais pela graça de Deus, pude constatar de perto, tais pessoas serem amaldiçoadas por seus antigos líderes, ficarem isoladas e abandonadas por antigos amigos que ainda pertencem ao grupo. Ao sair de tais grupos existe realmente um impacto psicológico e emocional, que é uma característica de seitas heréticas, que excluem e desprezam e muitas vezes perseguem antigos membros do grupo, causando um dano emocional reparado somente pela misericórdia e graça de Deus. 

O controle mental impulsona tais pessoas a fazerem e viverem dessa forma, em conformidade com esse evangelho malfazejo e maldito (Gálatas 1.8). Devemos avaliar qualquer ensino religioso com a palavra de Deus, vejamos: 

- A Bíblia diz que o Espirito Santo é nosso guia. Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir. João 16:13 - Nos diz que o próprio Deus guia seu povo. Guiará os mansos em justiça e aos mansos ensinará o seu caminho. Salmos 25:9 

- Que os filhos de Deus tem o Espírito de Deus. Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus esses são filhos de Deus. Romanos 8:14 

- Que a palavra de Deus deve ser nosso guia. Também os teus testemunhos são o meu prazer e os meus conselheiros. Salmos 119:24 

É claro que não há pecado algum em sermos aconselhados, porque a Bíblia nos recomenda isso. Mas, vejamos uma advertência Bíblica sobre o domínio do povo de Deus: 

"Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho." I Pedro 5:2-3. 

Temos realmente um crescimento de uma terapia espiritual multifacetada por idiotices e ridicularizações do intelecto humano. Deus nos dotou de racionalidade para julgarmos nossas decisões e exercermos senso crítico em nosso andar diário. Devido a essa idiotização coletiva vivemos nessa neurose religiosa que está muito distante da santa palavra de Deus.

O líder cristão deve ser usado por Deus para instruir seu povo em amor e exemplo, não por domínio. Voltemos ao Evangelho Cristocêntrico, mas uma vez o movimento neopentecostal descentraliza Cristo e exalta uma religião humana, antropocêntrica, egocêntrica, hedonista e sincrética. Que Deus nos guarde e nos ajude a propagarmos o verdadeiro e puro evangelho de Cristo. 

 *** 

Sobre o autor: Thomas Magnum é formado em teologia e graduando em jornalismo, pesquisador na área de religiosidade brasileira, é casado a oito anos com Kelly Gleyssy e mora em Recife. Fonte: Bereianos. Divulgação: Púlpito Cristão.
Vi no:http://www.pulpitocristao.com/2014/02/cobertura-espiritual-isso-e-biblico.html#.UwvTMeNdUYM

Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

sábado, 22 de fevereiro de 2014

O QUE PENSO SOBRE OS BLOCOS EVANGÉLICOS NO CARNAVAL!

O QUE PENSO SOBRE OS BLOCOS EVANGÉLICOS NO CARNAVAL

Por Renato Vargens

Nos últimos anos tornou-se comum encontrarmos em algumas igrejas evangélicas blocos carnavalescos. 

Com o intuito de pregar o evangelho durante o carnaval, evangélicos de denominações diferentes criaram blocos e até mesmo Escolas de Samba cujo objetivo final é pregar aos foliões. Segundo os sambistas de Jesus, essa é uma maneira de evangelizar os perdidos que se encontram absortos em iniquidade e que precisam desesperadamente de Cristo.

Antes de qualquer coisa preciso afirmar que concordo plenamente com o fato inequívoco de que os perdidos estão mergulhados em iniquidade e que carecem da graça do Senhor. Sem sombra de dúvidas isso é um ponto indiscutível. Verdadeiramente os homens estão destítuidos da glória de Deus, mortos em seus delitos e pecados e incapazes de buscarem ao Senhor. (Efésios 2:1-10)

Caro leitor, o que me preocupa efetivamente não é o desejo de evangelizar, nem tampouco a vontade de pregar as Boas Novas da Salvação Eterna aos que se perdem e sim a forma escolhida para o desenvolvimento dessa missão.

Isto posto, permita-me explicar porque sou contra a criação de blocos evangélicos carnavalescos:

  1. Acredito que a evangelização se dá de forma contínua e de modo relacional, isto é, todos nós, somos chamados a evangelizar os que se relacionam conosco através de palavras, testemunhos,  durante o ano e não em eventos esporádicos.
  2. Porque nem toda contextualização é bíbllica. Quando a contextualização abre portas ao mudanismo, paganismo, e a ausência de santidade, ela precisa ser rechaçada.
  3. A igreja foi chamada para pregar Cristo e o arrependimento de pecados e não um tipo de evangelho palatável cujo foco principal é a satisfação humana.
  4. Pela forte relação com o mundo e com os valores que nele existentes. Ora, por mais que digam ao contrário, os que saem as ruas para "evangelizar" em blocos carnavalescos relacionam-se com o mundo e a cultura de uma forma onde o foco principal não é a glória de Deus e sim o bem estar do homem. (Romanos 12:1-2)
  5. Por tomarem o nome de Deus em vão, fazendo do Senhor instrumento exclusivo de satisfação pessoal. Na minha perspectiva sair as ruas, sambando, rindo fere o mandamento bíblico de usar o nome do Senhor em vão.
  6. Porque ainda que se diga que o objetivo é a evangelização o que menos se vê é a pregação do Evangelho.
  7. Por dar ocasião a carne e ao "velho homem." despertando em muitos o antigo prazer pelo pecado.
Se não bastasse isso pergunto:

Será que se a Igreja pregasse e vivesse o evangelho durante o ano não haveriam mais conversões do que comumente temos?  Ora, vamos combinar uma coisa? Evangelizar é muito mais do que cantar, sambar, pular. Evangelizar está para além de eventos, programas ou atividades distintas. Evangelizar é compartilhar aquilo que o Senhor fez pelo pecador na cruz do calvário, é confrontar o homem em seus delitos e pecados, chamando-o ao arrependimento, é proclamar Cristo como Senhor e Salvador, confrontando o pecador com a dura, porém maravilhosa mensagem da Cruz.

Bem sei que alguns me xingarão de "fundamentalista estupido", de fariseu da modernidade e outras coisas mais, todavia, ao contrário de alguns não posso considerar as loucuras do chamado movimento gospel como normais.

Definitivamente o Brasil precisa de um avivamento! 
Definitivamente o Brasil precisa regressar as Escrituras.
Definitivamente precisamos chorar e clamar a Deus por Deus por mudança no evangelicalismo brasileiro.

"E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as. Porque o que eles fazem em oculto, o só referir é vergonha" (Efésios 5.11-12).

É o que penso, é o que digo!

Renato vargens

Fonte:http://renatovargens.blogspot.com.br/2014/02/o-que-eu-penso-sobre-os-blocos.html

Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Cinco coisas que existem no inferno e faltam na igreja!

Cinco coisas que existem no inferno e faltam na igreja


 Fabio Scofield


Em Lucas cap-16:19-31:

“A parábola do rico e Lázaro”

Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente.
Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele. E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas.
E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado.
E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro, no seu seio.
E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.
Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado.
E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá.
E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venha também para este lugar de tormento.
Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos.
E disse ele: Não, pai Abraão, mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam.
Porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e os profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite.


A parábola é muito simples e nos mostrar o contraste de duas existências, a vida de dois homens, vivida no mesmo espaço de tempo, porém em ambientes e condições completamente distintas. Um muito rico e abastado e outro em completa miséria e ainda leproso. Um se fartava com os seus bens, enquanto o outro, desejando saciar a sua fome, desejava um pouco dos restos da mesa do rico, onde o seu único refrigério era os cães, que lambiam as suas chagas.

Mas, o que eu quero abordar, nesta oportunidade, não são as vidas destes dois homens, mas o pos morte. Quero chamar a sua atenção, para cinco comportamentos, aqui vistos no inferno; mas que gostaríamos de vivenciar mais na igreja, no coração dos nossos irmãos:


1º - E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio.

O olhar dos frequentadores da igreja de hoje não estão na vertical, mas na horizontal, pois só buscam as coisas terrenas. A bíblia diz: Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. (Cl-3:1-3).
Devemos olhar mais para as coisas do Alto.

E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.

2º - No inferno alguém teve sede de refrigério, certamente se tivesse ouvido a palavra de Deus, não estaria nesta situação. Eis que vêm dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor. (Am-8:11)
Quanta falta de de sede pela Palavra vemos na igreja de hoje, mas inferno haverá sede.

E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venha também para este lugar de tormento.

3º - No inferno alguém, ainda que de forma tardia, teve espírito evangélistico, querendo dar um testemunho, não de salvação, mas querendo evitar, que os seus irmãos, se perdessem como ele. Hoje nas igrejas, os testemunhos, não são de salvação, mas sim de bênçãos materiais.

Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. E disse ele: Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam. “Notem bem que Jesus ao chamar um jovem para segui-lo; o jovem disse: Senhor deixa que primeiro eu vá a enterrar meu pai. Mas Jesus lhe observou: Deixa aos mortos o enterrar os seus mortos; porém tu vai e anuncia o Reino de Deus. (Lc-9:59,60).

4º - No inferno alguém, não quer apenas enterrar os seus mortos, mas evitar que eles morram, pregando para que eles se arrependam. Na igreja, poucos são os que se importam com os seus parentes não salvos, tão pouco fazem grande esforço para levar-lhes a Palavra ou oram por seu arrependimento.

Porém, Abraão lhe disse: Se não ouve a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite.

5º -No inferno ainda há arrependimento. (Não é tudo, que nos precisamos encontrar na igreja?). No inferno ainda se tem sede de refrigério. No inferno se deseja evangelizar. No inferno ainda se da um bom testemunho. No inferno, se compadece dos perdidos.



Presbitero Fábio publicou em Discipulo da Verdade 


Fonte:
http://www.genizahvirtual.com/2014/02/cinco-coisas-que-existem-no-inferno-e.html

Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

A IGREJA QUE DESAPARECEU!

A IGREJA QUE DESAPARECEU



Por Magno Paganelli 

O que há nas igrejas que possa atrair pessoas? Pense.

Você iria a uma Igreja, assumiria compromisso irrestrito com os programas que ela propõe, se necessitasse um “milagre financeiro? Esse apelo atrai muita gente, mas de certo os mais sensatos seguirão o conselho dado pelo bom senso e pela Bíblia para cada um trabalhar (Mt 5.45; Ef 4.28; 2Ts 3.10).

Muitas pessoas que precisam de aconselhamento talvez prefiram recorrer a um profissional que estudou para isso; um psicólogo é uma boa alternativa – ainda que não seja a melhor e nem a única.

Que outro motivo levaria alguém a uma Igreja?

Pessoas desanimadas, cansadas da vida, poderiam procurar uma Igreja. Mas também poderiam ir ao teatro, a um espetáculo do tipo stand up comedy. Também poderiam assistir a uma palestra motivacional. Há muitas alternativas às quais se possa recorrer que, convenhamos, são melhores do que muitas igrejas por aí.

Pessoas da última e da nova geração encontrarão dificuldade em procurar uma igreja, porque as Igrejas não têm dado motivo que apele para tanto. As “respostas” que parte das Igrejas tem dado são para perguntas que não têm sido feitas. Em grande parte, os programas semanais e dominicais das Igrejas são rígidos demais em torno do conforto e bem estar daqueles que sustentam a estrutura – falta vida e sinceridade. Não há espaço para variações, porque há um time ganhando com a manutenção desse modelo – e em time que ganha ninguém mexe.

Mas procure fazer um exercício de alteridade, olhar a Igreja a partir do olhar do outro, de quem está fora da Igreja. Esqueça por um minuto o que você sabe sobre salvação, sobre vida eterna, sobre inferno, sobre bênçãos, e tente sentir-se atraído a uma Igreja pelo que ela oferece, comparando-a com as ofertas existentes no mercado.

O que você consegue enxergar?

Seja honesto, e procure ser atraído a uma igreja como ela se mostra a partir do olhar do outro.

Houve um tempo quando as Igrejas influenciavam a sociedade, davam opções de vida condigna, mudavam leis, serviam de referencial moral, apontavam caminhos alternativos razoáveis para toda a vida, tinham um modo de pensar coerente e eram uma opção a ser considerada. Embora com poucos membros em relação a população evangélica atual, as Igrejas formavam uma sociedade diferente, vigorosa, alegre e que dava certo.

E hoje, quais as ofertas ela faz que justifiquem a adesão a qualquer delas? Há Igrejas que são clubinhos de egoístas, que só pedem coisas ao deus Mamón o tempo todo; não conseguem enxergar o mundo além do próprio umbigo e do dinheiro que ocupa suas fantasias e nada sabem sobre generosidade, compaixão e comunhão com pessoas diferentes.

Há Igrejas com música de mau gosto e com pregadores sem qualquer capacidade para fazer uso do microfone; homens e mulheres que mal sabem se expressar e assaltam a língua portuguesa – e o ensino bíblico também. Não estou ridicularizando pessoas simples; tenho em mente os aproveitadores da fé, que não conseguiram um bom emprego no mercado de trabalho e migraram para as igrejas a fim de ganhar o dinheiro de gente vulnerável a uma boa lábia.

Há muitas Igrejas que se fecharam em si mesmas numa cúpula de pretensa santidade, e vivem apontando o erro dos outros pensando que só eles irão para o céu. Que a salvação não depende do comportamento reto é uma verdade que eles não conheceram ainda porque nada entenderam das próprias palavras de Jesus. 

Que atrativo, então, há para pessoas de fora da Igreja? O que é que estamos fazendo de razoável que chame a atenção de homens, mulheres, jovens e adolescentes para Jesus Cristo hoje?

As Igrejas não dão nada a ninguém; só queremos para si e para acumular. Como escrevi aqui, só em 2011 a Igreja teve lucro (!) de R$ 460 milhões em rendimentos com ações e aplicações financeiras!

A Igreja não é mais uma referência moral inconteste. Há políticos, empresários, artistas e profissionais que adotam o mesmo condicionamento da cultura produzida nas ruas, ou seja, o padrão “mensalão” de que tanto se fala. Em muitos casos não temos sequer um discurso atraente, pois nos voltamos somente para dentro, para a manutenção do que temos e do que conseguimos, e não para o campo, para o mundo. Falamos linguagem de gueto, por códigos e não por parábolas que usam as experiências cotidianas das pessoas.

Concordo que precisamos treinar missionários, mas urgentemente é preciso fazer cristãos para viverem suas atividades cotidianas como missionários. Precisamos pensar em atender ao outro, ao de fora, resgatar o significado da palavra Igreja, que no grego ecclesia, “para fora”, mas que só entendemos como “para dentro e para nós”.

As nossas liturgias são boas, mas são boas para nós. Os nossos programas são bons, mas são bons para nós. Os nossos templos são bons, mas são bons para nós. Não gosto nem de pensar em pastores e líderes que ordenam a retirada de pessoas mal vestidas de seus templos. Isso daria um texto ais longo ainda!

Se eu consegui ser claro, você entendeu que não quero acabar com tudo, “cuspir no prato que tenho comido”. Se eu consegui ser claro, você entendeu que precisamos nos arrepender, rever as prioridades e voltar à cena, reaparecer, ou melhor, mostrar Cristo em nós, a esperança da glória.

… a quem Deus, entre os gentios, quis dar a conhecer as riquezas da glória deste mistério, a saber, Cristo em vós, a esperança da glória. (Colossenses 1.27)

***

Fonte: NAPEC. Púlpito Cristão.

Vi no:http://www.pulpitocristao.com/2014/02/a-igreja-que-desapareceu.html#.Uvlb-GJdUYM

Que o SENHOR tenha misericórdia de nós! AMÉM!

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Depressão - Uma Morte Viva!

Depressão - Uma morte viva



Depressão é uma palavra no singular, mas que designa uma série de quadros. Há a depressão leve, a moderada e a chamada grave, ou severa. Há também as depressões que estão relacionadas ao jeito de ser da pessoa. Elas existem, mas não são acontecimentos externos que as desencadeiam – são processos que surgem de dentro para fora. E ainda há as depressões que nem deveriam merecer o nome, já que são reações de tristeza e desencanto por perdas naturais na vida; o desemprego, a saída de um filho de casa, as mudanças de qualquer tipo, a chegada da velhice ou uma doença. Melhor dizendo, tais tipos de quadros merecem mais o nome de "sintomas depressivos", necessários para a elaboração do que se foi e a adaptação à nova realidade.

Depressão é um assunto praticamente inesgotável. Muito já foi dito escrito e descrito sobre ela, e ainda há muito para ser descoberto. Mais dois aspectos existentes em quase todos os tipos de depressão podem ser considerados positivos. O primeiro é a possibilidade de uma reviravolta na vida. Isto é, a depressão é um alerta de que a forma como a vida acontece já não é mais possível. É como uma luz no painel da existência, indicando que, se providências não forem tomadas, a vida do indivíduo entrará em pane total. Vários fatores podem interferir e provocar um estado de depressão grave, no qual a pessoa perde totalmente o ânimo. O mundo vira todo colorido de cinza; os projetos futuros desaparecem; o sono e o apetite se alteram, a realidade fica distorcida. A disposição e a vontade para atividades sociais somem por completo. Se é que ainda existe algum alivio nesse quadro, este se dá no isolamento e na solidão – e o desejo de morrer é uma realidade constante. É por essa razão que chamo a depressão de "morte viva": há na depressão um gosto de morte, sim, ou porque alguma morte já ocorreu ou porque algum tipo de ruptura precisa ocorrer, para que a pessoa possa viver melhor trilhando novos caminhos.

Até Cristo Jesus experimentou tristeza profunda no Jardim do Getsêmani

O segundo sinal positivo na depressão é que, junto com o inferno que, muitas vezes, é experimentado, há também aspectos positivos a serem adquiridos enquanto se mergulha na noite escura da vida, como se refere São João da Cruz. Lembro-me de uma mulher de 35 anos que acompanhei num período de depressão profunda, durante quase seis meses. Ela podia contar com um marido e com amigos que lhe deram todo o suporte durante o período em que não via razões para continuar viva; e também com um médico, que tratou dela de forma que tivesse condições para rever sua própria vida enquanto enfrentava as trevas da depressão. Quando, finalmente, superou aquela crise, ela concluiu que a agonia profunda que experimentou fez dela um ser humano mais acolhedor e compreensivo para com as pessoas, principalmente diante daquelas que apresentam tristeza, desânimo e vontade de desistir. "Hoje, sou mais amorosa e paciente. É como se o meu espaço interior tivesse se alargado para acolher as pessoas que sofrem", constatou ela.

As depressões requerem cuidados e atenção; e, na maioria das vezes, medicação adequada pode ajudar em muito. Mas não se pode esquecer que tais situações também cooperam com o amadurecimento e o crescimento, tanto emocional como espiritual. Elias, o profeta, é um bom exemplo disso. Ele experimentou na própria pele um estado com todos os sintomas de uma depressão grave. Deus não o condenou; pelo contrário, quando ele fugia com medo de ser assassinado pela rainha Jezabel, milagres aconteceram na sua vida. Enquanto ele só dormia, a Bíblia diz que um anjo lhe trouxe comida, para que tivesse forças para caminhar até o Horebe. Naquele monte, Deus se manifestou a ele através de uma brisa suave. Elias, então, se apresenta e Deus lhe fala de forma acolhedora e amorosa, esclarecendo que ele tinha tarefas importantes para executar e que não estava sozinho: havia 7 sete mil pessoas que criam como ele e com as quais poderia conviver.

Até Cristo Jesus experimentou uma tristeza profunda no Jardim do Getsêmani, sentimento tão intenso que o próprio Filho de Deus o definiu como "tristeza de morte". Mas foi assumindo aquela tristeza que ele tomou a decisão final de derramar vida a todos nós, através de sua morte na cruz. Pois que tanto Elias como Cristo sejam nossos estímulos para que, caso a depressão chegue a nós, não caiamos na desesperança!


http://www.cristianismohoje.com.br/



Fonte:
http://www.genizahvirtual.com/2014/01/depressao-uma-morte-viva.html

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